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Ministério das Mulheres enfrenta acusações de assédio moral e racismo, segundo site

Acusações envolvem ministra e secretária-executiva; ministério nega e informa que "não recebeu denúncia nos canais competentes do órgão"

22 out 2024 - 11h42
(atualizado às 11h45)
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Resumo
Ministério das Mulheres é alvo de denúncias de assédio moral e racismo, feitas por funcionárias e ex-funcionárias.
De acordo com o site Alma Preta, pessoas revelaram que, nos corredores do ministério, o órgão é apelidado de "Ministério do Assédio"
De acordo com o site Alma Preta, pessoas revelaram que, nos corredores do ministério, o órgão é apelidado de "Ministério do Assédio"
Foto: Reprodução: Instagram/min.dasmulheres

O Ministério das Mulheres, comandado por Cida Gonçalves, é alvo de denúncias de assédio moral e racismo, feitas por funcionárias e ex-funcionárias. As acusações envolvem a ministra e a secretária-executiva Maria Helena Guarezi. As informações são do site Alma Preta.

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De acordo com o veículo, 17 pessoas foram ouvidas sob condição de anonimato, temendo represálias. Os relatos incluem o nome de Carmen Foro, que chefiou a Secretaria Nacional de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política (Senatp) até sua exoneração em agosto deste ano.

Em uma reunião realizada após a demissão de Carmen, a ministra teria ameaçado as funcionárias que trabalhavam com a ex-secretária. Em uma gravação obtida pelo Alma Preta, Cida Gonçalves afirma que parte da equipe poderia ser dispensada, dependendo da condução da nova secretária. "A princípio eu tinha dito para a Carmen, que quem é dela, que veio com ela, tinha que ir", diz em trecho da gravação.

Além disso, algumas funcionárias e ex-funcionárias revelaram que, nos corredores do ministério, o órgão é apelidado de "Ministério do Assédio". Um levantamento do Alma Preta, com base em dados do Diário Oficial da União, aponta que 59 pessoas deixaram o ministério desde o início da atual gestão.

Esse número exclui as trocas ocorridas nos primeiros dias de governo, referentes à saída de servidores da administração anterior de Jair Bolsonaro. A primeira exoneração sob Cida Gonçalves ocorreu em 23 de maio de 2023, e a mais recente em 19 de setembro de 2024. O site também obteve laudos médicos que comprovam transtornos psicológicos desenvolvidos por funcionárias e ex-funcionárias da pasta.

Já a denúncia de racismo envolve a secretária-executiva da pasta, Maria Helena Guarezi. Em uma reunião, ela teria pedido que Carmen Foro, uma mulher negra com cabelo crespo, se sentasse, alegando que o cabelo dela "estaria atrapalhando a visão do espaço".

As denunciantes afirmam que, embora Cida Gonçalves não estivesse presente no encontro, foi informada do incidente e não tomou medidas. 

Outras funcionárias também relataram que, sempre que surgiam questionamentos sobre políticas voltadas para mulheres negras, era frequente ouvir da cúpula da pasta comentários como "de novo essa de racismo?" ou "lá vem isso de mulher negra".

Ao Terra NÓS, o Ministério das Mulheres informou que, em relação às denúncias divulgadas pelo Alma Preta, "não recebeu denúncia nos canais competentes do órgão sobre nenhum dos episódios mencionados e irá averiguar os casos".

"O órgão reforça ser contra todo tipo de discriminação e tem feito diálogos internos com servidores(as) de todas as áreas, incluindo lideranças e trabalhadores(as) terceirizados(as), sobre prevenção e enfrentamento a todo tipo de assédio e discriminação, bem como os caminhos para se registrar denúncias e o processo de apuração", afirmou.

Racismo é crime. Saiba como denunciar 

Racismo é crime, com pena de prisão prevista em lei. Ao presenciar qualquer episódio de racismo, denuncie. Você pode fazer isso por telefone, ligando 190 (em caso de flagrante) ou 100 a qualquer horário; pessoalmente ou online, abrindo um boletim de ocorrência em qualquer delegacia ou em delegacias especializadas.

Saiba mais sobre como denunciar aqui

Fonte: Redação Nós
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