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Ministério das Mulheres repudia atos de assédio no BBB 23: "É crime"

Ministério apontou que violência contra a mulher não é "entretenimento" e destacou que, desde 2018, a importunação sexual é crime no Brasil

18 mar 2023 - 01h00
(atualizado às 07h54)
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MC Guimê e Cara de Sapato praticaram importunação sexual contra a participante mexicana Dania Mendez
MC Guimê e Cara de Sapato praticaram importunação sexual contra a participante mexicana Dania Mendez
Foto: Divulgação/Globo / Pipoca Moderna

O Ministério das Mulheres divulgou uma nota de repúdio aos atos de assédio e importunação sexual que aconteceram no BBB 23 na madrugada de quinta-feira, 16, que culminaram na expulsão do lutador Antônio Cara de Sapato e do cantor MC Guimê. Os dois foram vistos importunando a mexicana Dania Mendez durante uma festa do reality show da Globo e acabaram excluídos do programa na noite seguinte.

Na nota, o Ministério apontou que violência contra a mulher não é "entretenimento" e destacou que, desde 2018, a importunação sexual é considerada crime no Brasil.

"O episódio de importunação sexual no reality show de maior audiência do Brasil não é um caso isolado. A expulsão dos acusados é necessária, mas estamos longe do tratamento adequado a estes casos. É preciso ir além para que as mulheres jamais se sintam culpadas pela violência sofrida", diz o texto.

Leia a íntegra da nota divulgada pelo Ministério das Mulheres na sexta-feira, 17.

"Não podemos mais admitir que casos de assédio e importunação sexual sigam acontecendo no país. Violência contra a mulher não é entretenimento. Seja em casa, na rua ou no trabalho, toda mulher tem o direito de se sentir segura e respeitada - o respeito é um valor inegociável.

Desde 2018, importunação sexual é crime no Brasil e, às autoridades, cabe enfrentá-la no rigor da Lei: responsabilizar os agressores e, sobretudo, jamais culpabilizar as vítimas, que devem ser acolhidas e apoiadas.

O episódio de importunação sexual no reality show de maior audiência do Brasil não é um caso isolado. A expulsão dos acusados é necessária, mas estamos longe do tratamento adequado a estes casos. É preciso ir além para que as mulheres jamais se sintam culpadas pela violência sofrida.

No governo que respeita todas as mulheres, seguiremos trabalhando para o fortalecimento da rede de atendimento às mulheres vítimas de violência e na construção de ações e campanhas de prevenção. O enfrentamento à violência contra as mulheres é uma luta política urgente que perpassa também a conscientização dos meios de comunicação e de entretenimento sobre as violências simbólicas que eles podem reproduzir".

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