Ministério dos Direitos Humanos apaga posts e nota em defesa de Silvio Almeida
Ex-ministro foi demitido após a organização Me Too Brasil revelar denúncias de assédio sexual contra ele
O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania apagou notas em defesa do ex-ministro Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual
O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania apagou as notas publicadas em defesa do ex-ministro Silvio Almeida nas redes sociais e no site oficial da pasta. Silvio foi demitido após a organização Me Too Brasil revelar denúncias de assédio sexual contra ele. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, seria uma das vítimas.
As publicações apresentavam o posicionamento de Silvio Almeida sobre as acusações e mencionavam uma antiga polêmica entre o ministério e o Me Too Brasil. Segundo a pasta, em nota, "a organização responsável pela divulgação das supostas denúncias possui histórico relacional controverso perante as atribuições desta pasta".
A publicação mais recente nos canais oficiais da pasta é uma foto do presidente Lula (PT) com a deputada estadual mineira Macaé Evaristo, anunciada como a nova ministra dos Direitos Humanos e Cidadania.
Ao Terra NÓS, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania explicou a decisão de apagar as publicações. Confira a nota na íntegra:
"A gestão interina do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania optou por retirar do ar duas notas à imprensa divulgadas na última quinta-feira (5). A primeira nota foi retirada entendendo que não cabe o uso da estrutura de comunicação do MDHC para defesa pessoal, visto que existem fóruns apropriados para garantir o direito à ampla defesa.
Também decidiu pela retirada da segunda nota publicada na mesma noite por entender que hipóteses levantadas no texto devem ser objeto de averiguação pelas instâncias responsáveis, antes de qualquer comunicação oficial por parte do Ministério."
Silvio Almeida
O posicionamento de Silvio Almeida sobre as acusações de assédio sexual também foi publicado no Instagram pessoal do ex-ministro, que repudiou "as mentiras que estão sendo assacadas" contra ele. Ele declarou que acionou na Justiça a ONG Me Too.
Silvio Almeida conversou com membros do governo antes de ser demitido de seu cargo e afirmou que pediu para que o presidente Lula o demitisse. "A fim de conceder liberdade e isenção às apurações, que deverão ser realizadas com o rigor necessário e que possam respaldar e acolher toda e qualquer vítima de violência. Será uma oportunidade para que eu prove a minha inocência e me reconstrua."