Ministério Público de SP arquiva denúncia de "racismo reverso" contra ex-assessora de Anielle Franco
Marcelle Decothe fez publicação sobre torcida de time de futebol e foi criticada por cometer "preconceito racial contra brancos"
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) através do Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância arquivou a denúncia contra Marcelle Decothe, ex-assessora da ministra da Igualdade Racial Anielle Franco, por "racismo reverso". Marcelle foi investigada em setembro por supostamente ter cometido racismo contra pessoas brancas ao falar sobre torcida de futebol paulista em rede social.
O que é racismo reverso e por que ele não existe
A promotora de Justiça do MPSP Maria Fernanda Balsalobre Pinto afirmou em arquivamento que não reconhece o “racismo reverso” como forma de preconceito racial.
"O reconhecimento do racismo reverso, razão pela qual não pode ser reconhecido, como fato penalmente típico, o ódio contra brancos, paulistas ou europeus, na medida em que tais grupo foram, historicamente, amplamente hegemônicos e dominantes, jamais experimentando qualquer violação sistemática de direitos pela raça ou origem nacional", descreve em trecho do documento.
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7 tipos de racismo para não reproduzir
O que aconteceu
Durante o campeonato "Copa do Brasil", no jogo entre Flamengo e São Paulo, Marcelle Decothe publicou nas redes sociais uma crítica à torcida do time paulista. A ex-assessora da ministra é flamenguista. "Torcida branca, que não canta, descendente de europeu safade... pior de tudo pauliste", escreveu em publicação nos stories do Instagram em setembro.
Os políticos Paulo Bilynskyj, Fernando Holiday e Gil Diniz, todos do partido PL, solicitaram investigação da então assessora ao Ministério Público. Após a repercussão da publicação de Decothe no Instagram, ela foi exonerada do seu cargo.
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