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MP denuncia mestrando por morte e estupro de estudante em universidade

Thiago Mayson foi denunciado por 4 crimes; caso seja considerado culpado, soma das penas máximas pode chegar a 50 anos

15 fev 2023 - 17h56
(atualizado em 16/2/2023 às 10h39)
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Janaína da Silva Bezerra, de 22 anos, foi morta após ser estuprada e ter o pescoço quebrado, apontou laudo
Janaína da Silva Bezerra, de 22 anos, foi morta após ser estuprada e ter o pescoço quebrado, apontou laudo
Foto: Reprodução/Redes Sociais

O Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI) apresentou denúncia contra o mestrando em matemática Thiago Mayson da Silva Barbosa pela morte da estudante Janaína da Silva Bezerra, de 22 anos, e pediu pela condenação do denunciado à soma das penas máximas de quatro crimes. Ele segue preso preventivamente desde que a jovem foi morta.

O órgão ministerial, que recebeu o inquérito do caso no dia 8 de fevereiro, apontou na denúncia os crimes de homicídio qualificado – com as qualificadoras de emprego de meio cruel e feminicídio –, estupro de vulnerável, vilipêndio de cadáver e fraude processual.

Janaína morreu após uma festa de calouros na Universidade Federal do Piauí (UFPI), em Teresina, no dia 28 de janeiro. Ela era estudante de Jornalismo e havia ingressado na instituição no 2º semestre de 2020. Um laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) apontou que a jovem sofreu violência sexual e teve o pescoço quebrado. 

Thiago Mayson Barbosa teve prisão preventiva decretada
Thiago Mayson Barbosa teve prisão preventiva decretada
Foto: Reprodução/Redes Sociais

A delegada Nathália Figueiredo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), apontou ao concluir o inquérito do caso, que foi periciado um telefone onde Thiago teria gravado a relação sexual com Janaína, mesmo depois de ela estar morta. “Numa análise pericial não tinha sinal de confronto. Ela estava em situação de vulnerabilidade. Não tinham marcas de violência e nem de lesões de defesa. Ela estava em situação de subjugação”, afirmou.

“O celular dele foi apreendido e conseguimos recuperar imagens registradas pelo autor, tanto após a primeira violência sexual, entre a primeira e a segunda violência sexual, que ela ainda estava com vida, mas visivelmente desnorteada. E o segundo registro com ela provavelmente já morta e com as partes íntimas muito ensanguentadas”, acrescentou a autoridade policial. 

No inquérito ainda consta que Thiago Mayson tentou apagar as imagens do celular. Ele também gravou um vídeo da própria mão ensanguentada. 

O que acontece após a denúncia do MP

A partir do recebimento da denúncia do Ministério Público, o juiz responsável irá considerar as alegações, com os laudos e depoimentos colhidos, e citar Thiago, informando-o que ele foi denunciado e dando início ao prazo para manifestação de defesa.

Após análise, o Poder Judiciário decide se mantém a denúncia e, em caso positivo, será realizada audiência de instrução e posterior julgamento pelo Tribunal do Júri.

Caso o réu seja considerado culpado, a soma das penas máximas pelos quatro crimes pode chegar a 50 anos. Conforme o promotor de Justiça João Mendes Benigno Filho, o Ministério Público pedirá agilidade no andamento do processo.

“Quando tomamos conhecimento do inquérito, toda a equipe da 13ª Promotoria de Justiça fez o esforço conjunto na análise do inquérito e na produção da denúncia. Embora ainda faltem alguns laudos periciais como o DNA forense, o toxicológico, análise do notebook do denunciado e do celular de uma das testemunhas, o que foi apresentado até o momento já demonstra a ocorrência dos crimes denunciados”, explicou. 

O promotor ainda destacou que o caso corre em segredo de justiça. 

Fonte: Redação Terra
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