Muito além de Marta: as pioneiras do futebol feminino no Brasil
Confira alguns dos principais nomes do esporte que teve a prática autorizada pelo Estado apenas nos anos 1980
Na última quinta-feira, 20, começou a maior edição da Copa do Mundo Feminina da FIFA e o Brasil está entre as 32 seleções que disputam o torneio, que acontece na Austrália e Nova Zelândia.
Se entre os homens a competição é disputada desde 1930, entre as mulheres a primeira Copa do Mundo feminina foi organizada apenas em 1991.
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No Brasil, a prática do futebol feminino foi proibida após decreto do então presidente Getúlio Vargas, no ano de 1941. Apenas em 1979, na vigência da Ditadura Militar, a proibição foi derrubada, com a prática do futebol feminino sendo regulamentada no país apenas em 1983.
Trinta anos depois, uma das maiores estrelas da modalidade é Marta, mas o futebol brasileiro teve outras personalidades importantes que ajudaram na evolução do esporte por aqui. O Terra NÓS separou algumas dessas pioneiras. Confira:
Sissi
Uma das maiores estrelas da seleção antes de Marta, Sisleide do Amor Lima, a Sissi, disputou as copas de 1995 e 1999, além das Olimpíadas de 1996 e 2000.
Em entrevista ao ge.com, a ex-jogadora comentou que era constantemente atacada por ter cabelos curtos. No entanto, a ideia de raspar a cabeça surgiu como uma forma de homenagear uma criança com câncer.
Roseli
A atacante Roseli de Belo participou da primeira convocação da primeira seleção brasileira de futebol feminina, disputou três Olimpíadas (1996, 2000 e 2004) e três Copas do Mundo (1991 e 1995) pela seleção.
Em entrevista ao canal Tutaméia, a ex-jogadora comentou que chegou a apanhar por jogar futebol quando tinha 12 anos.
Rose
Além de jogadora do Bangu, no início dos anos 1980, Roseli Cordeiro Filardo se tornou referência também fora dos campos, sendo uma das ativistas pela regulamentação do futebol feminino e chegou a presidir a Liga Brasileira de Futebol Feminina já no final dos anos 1980.
Fanta
Rosilane Camargo Motta, conhecida como Fanta, esteve presente na primeira convocação do Brasil para uma Copa do Mundo feminina, em 1991, e para uma disputa de Olimpíadas, em 1995.
Seu apelido, que não tem relação com a marca de refrigerante, veio de um técnico, que reclamava constantemente da ausência de Rosiliane das palestras antes dos jogos. De fantasma, o apelido foi reduzindo para fanta, explicou em entrevista ao programa "Conversa Com Bial", da TV Globo.
Léa Campos
Reconhecida por ser a primeira árbitra da história do futebol, Asaléa de Campos Fornero Medina precisou criar seu próprio time de futebol para poder jogar futebol.
À época, o futebol ainda era proibido, o que levou Léa a ser considerada subversiva e ser presa 15 vezes, segundo relatou à revista Marie Claire.
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