Mulher é presa após chamar motorista de ônibus de 'escravo' em BH e ameaçá-lo de morte
A mulher se exaltou e começou a proferir ofensas contra o motorista após ele questionar se ela não iria pagar a passagem do ônibus
Uma mulher de 35 anos foi presa em Belo Horizonte por suspeita de injúria racial contra um motorista de ônibus, após ofendê-lo e ameaçá-lo de morte. Ela foi detida pela Polícia Militar e recusou ser levada ao hospital após tentar se autolesionar.
Uma mulher de 35 anos foi presa no final da noite de domingo, 16, por suspeita de injúria racial contra um motorista de ônibus, em Belo Horizonte (MG). Segundo denunciado pelo homem, de 39 anos, ela teria o chamado de "escravo e que ele estava ali para servi-la". Em outro momento, na frente de policiais militares, a mulher chegou a ameaçar a vítima de morte.
De acordo com o boletim de ocorrência divulgado pela Polícia Militar de Minas Gerais, o caso foi registrado por volta das 23h40. A mulher teria entrado em um ônibus, no bairro Santo Agostinho, e se sentado em um dos assentos preferenciais, destinados a idosos e gestantes, por exemplo. Ela teria começado as ofensas depois que o motorista pediu para que pagasse o valor da passagem do transporte e passasse pela catraca, assim como os demais passageiros.
"O momento em que esta se exaltou e aos gritos disse que não iria passar pela roleta, e que não tinha culpa se ela era branca e o motorista negro, tendo o motorista respondido que tinha orgulho de ser negro. A autora disse então que o motorista era escravo e que estava ali para servi-la, e que, se ela quisesse, acabaria com a vida dele", descreve o boletim.
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O motorista então direcionou o ônibus para uma base comunitária da PM, onde a mulher manteve a postura agressiva, mesmo em frente aos policiais. Ela foi presa em flagrante e levada para o Departamento de Plantão II.
No local, a ocorrência ainda descreve que a suspeita passou a adotar atitudes de autoflagelamento, "com muita agitação, tentando se autolesionar, batendo seus braços na grade, chegando a inchar o antebraço, esquerdo e pulso esquerdo". Os agentes chegaram a oferecer à mulher que ela fosse levada a um hospital, mas ela não aceitou.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou por meio de nota que apura as circunstâncias da denúncia de injúria racial, registrada na noite de domingo, no bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte. A suspeita será ouvida por meio da Central Estadual do Plantão Digital.