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Mulher lésbica agredida por PM em metrô de SP ouviu que iria "apanhar como um homem"

Tauane de Mello Queiroz estava sentada na plataforma quando foi abordada por policial militar

10 abr 2024 - 11h23
(atualizado às 11h25)
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Resumo
Uma mulher lésbica foi agredida por um PM em São Paulo, na estação de metrô da Luz. O policial a agrediu fisicamente e verbalmente, a xingando de "sapatão". A vítima realizou um exame de corpo de delito.
"Ela estava usando uma bermuda com as cores da bandeira LGBT", disse a advogada de Tauane de Mello
"Ela estava usando uma bermuda com as cores da bandeira LGBT", disse a advogada de Tauane de Mello
Foto: Reprodução

A mulher agredida por um PM em São Paulo, na estação de metrô da Luz, Linha 1-Azul, no centro da capital paulista, é lésbica e estava vestindo um short com as cores da bandeira LGBTQIA+ durante a abordagem. Na ocasião, o policial disse que ela "iria apanhar como um homem".

As imagens do policial militar dando um tapa no rosto de Tauane de Mello Queiroz no último sábado, 6, ganharam repercussão nas redes sociais. Na gravação, o agente discute com a vítima, que está sentada na plataforma. Após o PM dizer para ela abaixar a mão, a mulher responde: "Você que está me batendo".

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"Ela não deveria estar ali com a perna balançando na via, era perigoso, mas ele [PM] deveria ter abordado de uma forma diferente. Ele não a abordou, já puxou pelo colarinho e começou a discutir. Ela estava usando uma bermuda com as cores da bandeira LGBT. Ele já disse para ela: 'Já que você é homem, tem que apanhar igual a um homem'. E aí começou a desferir algumas agressões nela", disse a advogada de Tauane, Ana Marques, ao g1.

Segundo o boletim de ocorrência, o PM deu "um tapa na cabeça, três tapas no rosto e um pontapé na costela" de Tauane, segundo testemunhas. O caso foi registrado no 2° Distrito Policial do Bom Retiro. A vítima já deu o seu depoimento à polícia.

A mulher também foi agredida verbalmente e xingada de "sapatão", segundo Ana Marques. O policial entrou em um trem após a agressão e não foi mais visto.

Tauane realizou o exame de corpo de delito na última segunda-feira, 8, segundo o g1. Uma denúncia será registrada na Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual do estado de São Paulo.

Ao Terra NÓS, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que o policial militar foi identificado e afastado do serviço operacional. "O caso é apurado por meio de Inquérito Policial Militar – IPM. A PM esclarece que a conduta do policial citada não condiz com os protocolos da Instituição, que investe em treinamentos constantes para que as técnicas de abordagem sejam aperfeiçoadas", informou.

Mulher é agredida por policial militar na estação da Luz, em SP:

LGBTfobia é crime. Saiba como denunciar 

LGBTfobia é crime, com pena de prisão prevista em lei. Ao presenciar qualquer episódio de LGBTfobia, denuncie. Você pode fazer isso por telefone, ligando 190 (em caso de flagrante) ou 100 a qualquer horário; pessoalmente ou online, abrindo um boletim de ocorrência em qualquer delegacia ou em delegacias especializadas.

Saiba mais sobre como denunciar aqui.

Fonte: Redação Nós
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