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Nomes de ruas no Brasil que homenageiam pessoas trans

Dandara dos Santos, Anyky Lima e Xica Manicongo nunca serão esquecidas e suas histórias deixam um legado para a luta da comunidade trans

24 fev 2024 - 05h00
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Pelo menos 3 homenagens foram feitas a pessoas trans ao nomear ruas no Ceará, em Belo Horizonte e em São Paulo
Pelo menos 3 homenagens foram feitas a pessoas trans ao nomear ruas no Ceará, em Belo Horizonte e em São Paulo
Foto: iStock: llewellyn_chin

Nomes de ruas carregam histórias, identidades e memórias, muitas vezes refletindo valores e reconhecendo contribuições significativas para a sociedade. Ainda que escassas no Brasil, pelo menos 3 homenagens foram feitas a pessoas trans ao nomear ruas no Ceará, em Belo Horizonte e em São Paulo. Confira quem foram elas:

Rua Dandara Ketley

Em homenagem à travesti Dandara dos Santos, o projeto que nomeia uma rua do Bairro Jardim, em Fortaleza, no Ceará, como Dandara Ketley foi aprovado em 2020 pela Câmara Municipal de Fortaleza. Dandara dos Santos foi assassinada em fevereiro de 2017 por um grupo de jovens. O crime foi gravado e divulgado nas redes sociais na época.

Elaborado pelo vereador Ronivaldo Maia, o propósito da nomeação não foi apenas preservar a memória de Dandara, mas também destacar a necessidade urgente de políticas públicas que assegurem a proteção e promovam os direitos de pessoas LGBTQIA+.

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Anyky Lima

No bairro Palmares, em Belo Horizonte, uma via sem identificação recebeu o nome da ativista Anyky Lima em 2023. Anyky é reconhecida até hoje como uma das principais vozes na luta pelos direitos da comunidade trans.

Idealizado pela então vereadora Duda Salabert, agora ocupante do cargo de deputada federal, o projeto de nomeação foi dado à uma rua que interliga as ruas Antônio Peregrino Nascimento e Pastor Achilles Barbosa.

Em abril de 2021, Anyky Lima faleceu devido a um câncer. Durante sua vida, ocupou importantes cargos, como a presidência do Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual em Minas Gerais (Cellos-MG) e a representação estadual da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra).

Xica Manicongo

Xica Manicongo é reconhecida como a primeira travesti com identidade confirmada na história do Brasil. Ela foi sequestrada de sua terra natal, hoje conhecida como Congo, e escravizada no Brasil durante o século 16.

Aprovado pela Câmara Municipal desde 2022, o projeto para nomear uma rua do bairro Grajaú em homenagem à Xica, em São Paulo, proposto pela então vereadora Erika Hilton, está pendente de aprovação pelo prefeito Ricardo Nunes. 

Trecho da justificativa do projeto de Hilton diz que Xica Manicongo “representa a luta das travestis brasileiras pelo direito à memória e reconhecimento e por isso é importante homenagear sua luta e existência”.

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Fonte: Redação Nós
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