Nova bandeira LGBT: como é e quais foram as mudanças
A bandeira colorida é o maior símbolo da comunidade ao redor do mundo. Saiba como é a nova bandeira LGBT e fique por dentro!
A nova bandeira LGBT conta com novas cores e símbolos para representar grupos historicamente marginalizados e reforçar a interseccionalidade no movimento.
Você deve conhecer a bandeira LGBT com as cores do arco-íris, símbolo que representa a diversidade e há décadas vem sendo utilizada pela comunidade ao redor do mundo. Esse movimento “pride”, passou por algumas mudanças nos últimos anos.
A nova bandeira LGBT, une as cores com outros elementos tão representativos quanto.
Isso faz com que cada vez mais ela represente um poderoso símbolo de união, luta e orgulhosa, fortalecendo a diversidade dentro da própria comunidade e respeitando as identidades e vivências de cada pessoa.
A nova bandeira LGBT mantém as cores clássicas mas adiciona novas faixas nas extremidade, representando pessoas trans, intersexo e a luta antirracista.
Para começar: como era a primeira bandeira?
A criação da bandeira do arco-íris é atribuída ao artista Gilbert Baker, que a desenhou para a Parada do Orgulho de São Francisco em 1978. Cada cor da bandeira original tinha um significado específico: rosa para a sexualidade, vermelho para a vida, laranja para a cura, amarelo para o sol, verde para a natureza, turquesa para a magia/arte, azul para a harmonia e violeta para o espírito.
Essa combinação de cores rapidamente se tornou um símbolo unificador para a comunidade LGBT, representando o orgulho e despertando pertencimento na comunidade, que passou a levantar a bandeira colorida.
Dessa forma, o símbolo ganhou uma proporção tão grande que não há como remeter a bandeira do arco-íris a outro grupo que não seja a própria comunidade.
Como é a nova bandeira LGBT?
Nos últimos anos, a bandeira LGBT passou por uma atualização significativa, incorporando novas cores e símbolos para representar grupos que historicamente foram marginalizados dentro da comunidade.
A nova versão da bandeira inclui as cores preta e marrom para representar pessoas negras e não-brancas, além de um triângulo com as cores da bandeira trans (azul, branco e rosa) e a bandeira intersexo (amarelo com um círculo roxo).
Por muito tempo, pessoas LGBT envolvidas em outros movimentos, como pessoas negras, transexuais, PCDs e indígenas, por exemplo, denunciaram não se sentir representados dentro da comunidade e das discussões e ações promovidas por ela. Isso se dá, porque a experiência não é única.
A proposta da nova bandeira parte do conceito de interseccionalidade, ou seja, compreende que não é possível falar de uma comunidade LGBT ignorando todos os grupos que estão dentro da sigla.
Isso porque, por exemplo, uma mulher lésbica negra, ainda que seja lésbica, também é uma mulher negra e isso faz com que ela seja exposta tanto a lesbofobia, quanto ao racismo e ao sexismo.
Isso significa que a interseccionalidade nos ajuda a compreender que as opressões se entrelaçam, criando experiências únicas e complexas para cada indivíduo. Ela reconhece que as identidades sociais, como raça, gênero, classe, orientação sexual e identidade de gênero, se entrelaçam de forma complexa, criando experiências únicas e desafios específicos para cada indivíduo.
A nova bandeira LGBT incorpora essa perspectiva, visibilizando as interseções entre diferentes marcadores sociais e garantindo que a luta por direitos LGBT seja verdadeiramente inclusiva e abrangente.
Dessa forma, as cores preta e marrom representam a união entre raça e orientação sexual, reconhecendo as experiências únicas das pessoas LGBT negras e indígenas.
Além disso, há a inclusão do triângulo trans, simbolizando as pessoas transexuais e não binárias e o círculo intersexo, representando as pessoas que nascem com características sexuais que não se encaixam nas definições tradicionais de homem ou mulher.
Por que a nova bandeira LGBT é tão importante?
Além da bandeira ser um símbolo visual, ela também é utilizada na luta por direitos, a busca por igualdade e a celebração da diversidade. Ao incluir essas novas cores e símbolos, a bandeira demonstra que a comunidade LGBT está em constante evolução e que busca representar cada vez mais pessoas e suas individualidades.
A inclusão de novas cores e símbolos é um passo importante para aumentar a visibilidade da comunidade, tornando visíveis grupos que antes eram marginalizados, além de permitir que todas as pessoas LGBT se identifiquem com a bandeira do movimento e se sintam representadas.
Ao reconhecer a interseccionalidade, a comunidade LGBTQIA+ pode construir estratégias mais eficazes para combater a discriminação e a violência. A interseccionalidade nos ajuda a entender que as experiências de opressão não são isoladas, mas sim interligadas e reforçadas por sistemas de poder.
Quando a bandeira de todo um movimento é atualizada para que contemple mais pessoas, isso demonstra que é muito mais do que um pedaço de tecido, é uma ferramenta de comunicação que não só une a comunidade, como também, educa toda a sociedade sobre a importância de um olhar interseccional, além de inspirar mudanças significativas frente à diversidade e a inclusão.
Dessa forma, a nova bandeira LGBT passa a ser um símbolo da luta por uma sociedade mais justa e igualitária, que ao celebrar a interseccionalidade, nos convida a reconhecer a complexidade das identidades e a construir um movimento que contemple todas as pessoas.
A bandeira é um lembrete de que a luta continua e que juntos podemos construir um futuro onde todos possam viver suas vidas com dignidade e respeito.
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