Número de candidaturas de mulheres e pessoas negras bate recorde
Porcentagem cresce a cada eleição, mas proporção de efetivamente eleitos ainda é baixa.
Um balanço parcial divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral aponta que o país terá um uma proporção recorde de cadidaturas de mulheres e pessoas negras em uma eleição federal, ou seja, o pleito onde se elege Presidência, Governo do Estado e representantes para Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa. São 33,4% de mulheres e 49,3% são de pessoas negras na disputa até o momento.
O prazo limite para registro se encerrou nesta segunda, 15, mas as inserções de todas fichas ainda não foram concluidas, por isso o cenário pode mudar ligeiramente. Os numeros atuais, no entanto, já sinalizam um avanço em relação ao pleito de 2018, onde 31,6% eram mulheres e 44,2% pessoas negas, em uma soma das candidaturas que se declararam pretas ou pardas, conforme classificação do Censo.
Ainda que passível de celebração, em especial pelas muitas tentativas de movimentos organizados e do próprio TSE em incentivar candidaturas de grupos minorizados, as ações têm tido reflexo tímido nas urnas. Em 2018, mulheres representaram apenas 16,20% das pessoas eleitas no pais. e no caso das 1.626 vagas para deputados distritais, estaduais, federais e senador, apenas 444 foram preenchidas por candidaturas de pessoas negras, o equivalente a 27%.