O que é transição social e como ela se difere da terapia hormonal
A transição social envolve mudanças no nome, no estilo de roupas e corte de cabelo de pessoas trans, e não inclui procedimentos médicos
A transição social é um capítulo significativo na jornada de afirmação de gênero de muitas pessoas trans. Este processo não se trata apenas de mudanças externas visíveis, mas de uma profunda afirmação da identidade de gênero, passo essencial para que pessoas trans vivam de acordo com quem realmente são.
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O que é transição social?
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A transição social é um processo que se concentra em alterar aspectos externos da vida da pessoa trans para refletir a sua identidade de gênero atual. Esse tipo de transição envolve mudanças no nome, no estilo de roupas e corte de cabelo, por exemplo, e não inclui procedimentos médicos.
O objetivo principal é a pessoa ser reconhecida e tratada socialmente de acordo com sua identidade de gênero. Isso implica em comunicar pessoas próximas, colegas e sociedade em geral sobre querer ser tratada como mulher ou homem.
É possível realizar uma transição social sem recorrer à terapia hormonal. Algumas pessoas podem não desejar ou não ter acesso a ela, mas ainda assim buscam fazer a transição social para que suas características visíveis reflitam sua identidade de gênero.
No entanto, assim como algumas pessoas trans escolhem não realizar a terapia hormonal, também existem pessoas que escolhem não passar pela transição social. A escolha de adotar uma, ambas ou nenhuma dessas formas de transição depende das preferências individuais e circunstâncias pessoais de cada pessoa trans.
Uma mulher trans pode mudar a forma como se veste e, ao mesmo tempo, continuar utilizando o seu nome de registro, por exemplo. O mesmo também pode acontecer com um homens trans.
Terapia hormonal
Ao contrário da transição social, a terapia hormonal envolve a administração de hormônios para induzir mudanças físicas no corpo da pessoa trans. Isso pode incluir características como crescimento de pelos e alterações na voz.
O foco principal da terapia é adequar o corpo da pessoa ao gênero com o qual ela se identifica. Dessa forma, um homem trans pode adquirir barba, por exemplo.
Crianças trans
No Brasil, pessoas trans podem fazer a hormonização, terapia que modifica o corpo através do uso de hormônios, a partir dos 16 anos. Aos 18 anos, podem ter acesso à cirurgia de redesignação sexual, segundo a resolução 2.265/2019 do Conselho Federal de Medicina (CFM).
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Por isso, famílias de crianças trans recorrem, primeiramente, à transição social, único processo de transição que elas podem passar por causa da pouca idade. Dessa forma, a família ajuda a criança a ser percebida de acordo com a sua identidade de gênero.
A transição social ajuda crianças, jovens e adultos trans a se identificarem com a sua identidade de gênero, podendo reduzir a disforia de gênero, que ocorre quando há uma disparidade percebida entre como a pessoa trans se identifica e as suas características físicas associadas ao sexo que lhe foi atribuído ao nascer.
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