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O que falta esclarecer no caso das acusações de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida

PF vai investigar denúncias; ao contrário de Silvio Almeida, Anielle Franco, que foi apontada como uma das vítimas, ainda não se pronunciou

6 set 2024 - 13h07
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A polícia federal assumiu a responsabilidade de conduzir as investigações de assédio contra o ministro Silvio Almeida
A polícia federal assumiu a responsabilidade de conduzir as investigações de assédio contra o ministro Silvio Almeida
Foto: Reprodução: Instagram/silviolual

Na última quinta-feira, 5, a organização Me Too Brasil revelou que o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi acusado de cometer assédio sexual contra mulheres. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, foi apontada como uma das supostas vítimas pelo site Metrópoles.

Vários aspectos cruciais do caso ainda não foram esclarecidos. Veja o que falta saber sobre as acusações de assédio sexual contra o ministro.

Quantas mulheres acusam o ministro?

As investigações sobre as acusações contra Silvio Almeida de assédio sexual, inicialmente, focam em pelo menos quatro mulheres, segundo o g1. Mas esse número ainda pode sofrer modificação já que não foi confirmado oficialmente.

A organização Me Too Brasil optou por não divulgar os nomes das mulheres para garantir a privacidade delas. No entanto, o site Metrópoles apontou Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, como uma das supostas vítimas do assédio sexual.

Quem vai investigar?

A Polícia Federal assumiu a responsabilidade de conduzir as investigações de assédio contra o ministro. Ainda não há informações sobre as etapas iniciais e as pessoas que serão ouvidas no processo.

O Ministério das Mulheres expressou que as acusações contra o ministro são graves e que “serão apuradas pela Comissão de Ética da Presidência da República”. 

“O Ministério das Mulheres reafirma que a prática de qualquer tipo de violência e assédio contra a mulher é inadmissível e não condiz com os princípios da Administração Pública Federal e da democracia. É preciso que toda denúncia seja investigada de forma célere, com rigor e perspectiva de gênero, dando o devido crédito à palavra das vítimas, e que os agressores sejam responsabilizados de forma exemplar”, diz a nota.

Quais são as acusações?

Não se sabe ainda se as acusações se limitam a assédio sexual. De acordo com o g1, as denúncias incluem assédio sexual e assédio moral, com um total de mais de 10 casos inicialmente divulgados.

O assédio sexual refere-se a comportamentos e avanços indesejados de natureza sexual, enquanto o assédio moral abrange atitudes que visam humilhar ou constranger as vítimas em um contexto profissional. 

A investigação deve esclarecer os momentos em que os assédios teriam ocorrido, bem como a natureza exata das ações descritas pelas vítimas.

Anielle confirmou as denúncias?

Silvio Almeida, em resposta às acusações, negou qualquer envolvimento ou comportamento impróprio. Em sua declaração, o ministro afirmou que as alegações são infundadas e que possuem o objetivo de prejudicar sua imagem.

“Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país. Toda e qualquer denúncia deve ter materialidade. Entretanto, o que percebo são ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro”, disse em vídeo,

Por outro lado, Anielle Franco, apontada como uma das mulheres vítimas de assédio, ainda não se pronunciou sobre o assunto. Ela deve ser ouvida pelo presidente Lula nesta sexta-feira, 6. 

Em caso de violência contra a mulher, denuncie

Violência contra a mulher é crime, com pena de prisão prevista em lei. Ao presenciar qualquer episódio de agressão contra mulheres, denuncie. Você pode fazer isso por telefone (ligando 190 ou 180). Também pode procurar uma delegacia, normal ou especializada.

Saiba mais sobre como denunciar aqui.

Fonte: Redação Nós
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