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“O velho tem que sair da cristaleira", dizem Avós da Razão, influencers 80+

Com muito humor e e leveza, Sonia, 80 e Gilda, 84 anos, compartilham o cotidiano e falam sobre temas considerados tabus na "terceira idade"

21 out 2022 - 05h00
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Gilda Bandeira e Sônia Bonetti, as Avós da Razão
Gilda Bandeira e Sônia Bonetti, as Avós da Razão
Foto: Divulgação

Você certamente gostaria de ter Sonia Bonetti, 80 anos  e Gilda Bandeira, 84 anos, no seu círculo de amigos. Para as “Avós da Razão”, assunto é o que  não falta e absolutamente nada é um tabu. No perfil da dupla, no Instagram, você encontra de vídeos que falam sobre a tatuagem nova da Sonia, dica de melhores botecos em São Paulo a mitos sobre a velhice.

 

Amigas há mais de 50 anos, Gilda e Sônia compartilharam os altos e baixos da vida juntas. Na maior parte do tempo, as experiências resultaram em boas risadas em uma mesa de bar. A ideia de compartilhar experiências, dicas e debater assuntos de relevância sobre a terceira idade nas redes sociais surgiu de uma amiga em comum, que se divertia ouvindo as duas conversarem. “A Cássia Camargo, nossa amiga e hoje a pessoa que direciona nosso conteúdo falou que a gente tinha potencial, que nosso conteúdo era bem humorado, evoluído e poderíamos colaborar com outras discussões importantes e ser exemplo para outros velhos, dai topamos compartilhar os papos que normalmente tínhamos entre a gente”, contou Sonia. Os perfil faz 4 anos no ar neste mês e é um sucesso. “Nossos filhos e netos sempre trazem informações, assuntos novos pra conversar, então a gente se diverte muito”, disse Gilda. 

No começo o público-alvo era a população idosa, mas agora as vovós mais simpáticas da internet também tem um público cativo menor de 60 anos. “Hoje temos todas as faixas etárias acompanhando a gente. Se aparecer algo melhor que a internet, nós vamos atrás também”, brincou Gilda. 

Envelhecimento sem tabu

O conteúdo é bem diverso: as avós compartilham sobre cotidiano, saúde, dicas de livros e filmes, receitas, drinks e assuntos mais sérios, como o problema das drogas, por exemplo. “Procuramos sempre dar um tom de bom humor para qualquer assunto que vamos tratar. A gente responde muita pergunta e sobre o sexo na velhice, acho que são as perguntas que a gente mais responde. Temos retornos interessantes de netos e filhos que mostram o canal para os pais”, disse Gilda. 

Falar sobre envelhecimento de maneira positiva também é um objetivo do canal. “As pessoas ainda têm muito preconceito e tentamos derrubar isso. Tentamos fazer com que abram a cabeça para a inclusão. A pessoa acha que já está muito velha, ela mesmo se anula”, detalhou Sônia.

No cotidiano, elas lidam com celular, câmeras, roteiros, gravações e esperam que isso sirva de exemplo e inspiração para que outras pessoas com 60 anos ou mais, produzam conteúdo. “Já ouvi muito idosos falando ‘eu não quero esse negócio de celular porque não ser mexer’. Mas tem que aprender. Você está vivo,a tecnologia está ai. Não tem porque se esconder num lugar seguro. Se a gente não acompanha, ficamos fora do mundo”, disse Gilda. “O velho tem que sair da cristaleira, assim como o gay sai do armário, para viver uma vida plena e feliz”, defende Sônia. 

Fonte: Redação Nós
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