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Copa do Mundo Feminina: o que esperar da seleção brasileira?

Pia falou que “ninguém vai tirar o nosso sonho”. Então vamos todos seguir sonhando com a primeira estrela

21 jul 2023 - 06h00
(atualizado em 26/10/2023 às 17h19)
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Na segunda-feira, 24, o Brasil começa, mais uma vez, a trajetória em busca do primeiro título de Copa do Mundo Feminina, mas precisamos ser realistas: nossa seleção não chega como favorita.

Seleção feminina estreia pela Copa do Mundo na próxima segunda-feira (24)
Seleção feminina estreia pela Copa do Mundo na próxima segunda-feira (24)
Foto: Divulgação/CBF

Participante de todas as edições realizadas até hoje, o melhor resultado foi o vice-campeonato em 2007, que não foi suficiente para impulsionar a modalidade e garantir mais investimentos para manter o legado.

Hoje, a situação já está um pouco diferente. Depois de 2019, quando houve o maior boom do futebol feminino com a Copa (Brasil foi eliminado nas oitavas, pela França), e com a chegada de Pia Sundhage para o comando, muitas expectativas foram criadas, mas os muitos anos perdidos no desenvolvimento ainda impedem que as mulheres do “país do futebol” cheguem ao Mundial com status de campeãs.

Se formos analisar passo a passo, ou jogo a jogo, estamos bem na primeira fase. Pelo sorteio, o Brasil caiu no grupo F, ao lado de Panamá (adversário do jogo de estreia, nesta segunda), França (algoz de 2019, que segue como favorita para esse ano, no segundo jogo), e Jamaica (na última Copa, vencemos por 3-0). Sem zebras, a maior probabilidade é classificar na segunda posição, atrás da França.

Pia Sundhage, treinadora da seleção feminina em treino
Pia Sundhage, treinadora da seleção feminina em treino
Foto: CBF/Divulgação

E a partir daí, a sorte não está do nosso lado. Novamente, se nada de extraordinário acontecer (e sabemos que no futebol tudo é possível), devemos encontrar mais uma gigante europeia logo nas oitavas de final: a Alemanha. É bem verdade que vencemos as bi-campeãs em um amistoso recente, por 2-1, mas o confronto promete muita dificuldade.

Em um cenário realista - e talvez pessimista -, nos despedimos da Copa aqui, repetindo o feito de 2019. Mas como a Pia falou, em entrevista recente, “qualquer seleção entre as dez melhores pode ganhar a Copa” - a seleção brasileira é a oitava do ranking mundial. Temos um grupo comprometido, bem equilibrado com atletas experientes e jovens, e com o fator motivacional da despedida de Marta, que quer repetir Messi e levantar o título em sua última participação.

Parafraseando o famoso discurso de Ronaldinho Gaúcho, de 2011, “estão deixando a gente sonhar”. Pia garantiu: “Ninguém vai tirar o nosso sonho, vamos seguir sonhando”. Estamos todos aqui, torcendo para o sonho se concretizar e se materializar na primeira estrela da camisa.

Papo de Mina
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