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Esquerda precisa parar de divulgar vídeos dos absurdos de Marçal

É importante entender que o absurdo para uns é a lógica para outros

9 ago 2024 - 12h41
(atualizado às 15h30)
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Primeiro debate para a Prefeitura de São Paulo contou com Ricardo Nunes, Guilherme Boulos, José Luiz Datena, Pablo Marçal e Tabata Amaral
Primeiro debate para a Prefeitura de São Paulo contou com Ricardo Nunes, Guilherme Boulos, José Luiz Datena, Pablo Marçal e Tabata Amaral
Foto: Leco Viana/Estadão Conteúdo

Já ouviu a frase que não existe marketing ruim? Pois é, por mais absurdo que pareça isso faz muito sentido. Isso segue mais ou menos a mesma lógica do fale bem, fale mal, mas fale de mim. As mesmas fórmulas são aplicadas até hoje. Muda-se os contextos, os personagens, mas a lógica do quem não é visto não é lembrado segue pautando comportamento de várias pessoas.

Para você que não está entendendo nada, ontem (08) aconteceu o debate da Rede Bandeirantes para prefeitura de São Paulo, os participantes eram Guilherme Boulos, Tábata Amaral, Datena, Ricardo Nunes e Pablo Marçal. Esse último falou vários absurdos, teve uma postura grosseira e distribuiu bravatas. Antes mesmo do início, ele disse que tinha rival que não passaria em teste toxicológico, e durante o debate chamou o Boulos de comedor de açúcar.

A maioria de nós, ao ver aquele show de horrores, fica agitado para criticar nas redes sociais na expectativa de expor aquele absurdo, pensando que quanto mais gente ver, menos voto ele terá, mas é aí que mora nosso engano. Para uma outra parcela da população ele é super sensato. A lógica vazia, as certezas com base em achismos, as promessas não cumpridas, tudo isso vai chegar em alguém que vai se identificar.

Ele por si só já tem um histórico que flerta muito com a direita brasileira. Cristão evangélico, perfil de coach, vendedor de cursos, antipetista e apoiou Bolsonaro. Tem aquele discurso meio antipolítica, fala que é rico, que piloto de helicóptero ganha mais do que o prefeito de São Paulo e outras coisas nesse sentido. Esse tipo de discurso linka com quem realmente acredita que enriquecer com política tem a ver com salário do cargo e não como o poder e a influência podem ajudar no acúmulo de capital.

Então, mesmo quando a gente compartilha achando que irá espalhar disparates ditos, nossa rede não tem só pessoas da esquerda, e isso faz com que esse conteúdo vá chegando em pessoas que concordem ou que gere curiosidade sobre ele, esses vão pesquisar sobre e podem achar uma fala que sinta identificação e é aí que o tiro saí pela culatra. O presidente eleito é fruto exatamente disso. Surgiu como uma figura esdrúxula que com o passar do tempo foi criando identificação e chegou aonde chegou, com pessoas fazendo fila para adquirir ossos.

Este texto por si só já é meio contraditório porque ele faz o que critica, contudo acredito que uma divulgação que tem como foco alertar as pessoas sobre a forma e não o conteúdo pode ajudar bastante. Uma prefeitura como São Paulo é um passo muito grande para os holofotes da política nacional, precisamos ficar atentos e focar em divulgar o Boulos e suas propostas e não as fanfarrices dos seus rivais. Entender como funciona a rede social é muito importante nesse novo cenário político que cada vez mais vem se desenvolvendo no campo virtual.

Fonte: Luã Andrade
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