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Mulheres indígenas se unem para marchar por direitos

Jornada das Mulheres Indígenas pelo Brasil 2022 está em sua terceira edição

6 jul 2022 - 05h00
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Caravana das Originárias da Terra no Norte do Brasil, bioma Amazônia, na TI Mãe Maria, na aldeia Kyikateje do povo Gavião
Caravana das Originárias da Terra no Norte do Brasil, bioma Amazônia, na TI Mãe Maria, na aldeia Kyikateje do povo Gavião
Foto: Edvan Guajajara

A Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA) é feita por mulheres indígenas originárias da terra de todos biomas do Brasil e são elas as responsáveis pela Caravana das Originárias da Terra, que acontece desde agosto de 2019, em Brasília (DF).

O objetivo da Jornada é fortalecer o acesso aos direitos e a participação qualificada das mulheres indígenas como protagonistas e multiplicadoras nos espaços de fala e tomadas de decisão política. O propósito da ação é o enfrentamento à violência e às violações de direitos contra os povos indígenas do Brasil.

A união visa proteger a cultura e a identidade milenar sob a perspectiva feminina indígena, além de reconhecer, valorizar e fortalecer os modos de vida dos diversos povos indígenas, realizando práticas de partilha e escuta através de reuniões e rodas de conversa nos seis biomas brasileiros. 

Outros trabalhos realizados por elas são: discutir as contribuições que as mulheres indígenas têm feito para conter e combater as mudanças climáticas dentro e fora dos territórios, formar mulheres sobre violência baseada em gênero e violações de direitos, mobilizar e fortalecer coletivos/associação de jovens e mulheres indígenas.

Puyr Tembé é ativista indígena e mobilizadora e organizadora das Marchas das Mulheres Indígenas
Puyr Tembé é ativista indígena e mobilizadora e organizadora das Marchas das Mulheres Indígenas
Foto: Instagram/Reprodução

“A Caravana é importante porque lá nós estamos pensando, falando de amor, preocupadas em reflorestar a mente da sociedade e do planeta, lembrando da luta, daquilo que alimenta nossos povos, que é esse chão que pisamos e, para nós, só faz sentido sermos povos indígenas se tivermos a garantia dos nossos territórios. A raiz do Brasil vem de nós, do útero da Terra e de nossas ancestrais. A mãe do Brasil é indígena”, diz Puyr Tembé, coordenadora da Caravana das Originárias 2022.

Para que a Jornada 2022 aconteça, as mulheres pedem apoio e colaboração coletiva através de uma vaquinha online.

Mídia Índia
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