Dia Internacional da Saúde Mental: A importância do cuidado de pessoas com deficiência
Será que todos os órgãos, sejam públicos ou privados, estão preparados para oferecer tratamentos acessíveis?
Passado setembro amarelo e setembro verde, mês de prevenção ao suicídio e também o mês da pessoa com deficiência, hoje, 10 de outubro, é o Dia Internacional da Saúde Mental. Vamos falar um pouco sobre isso?
A saúde mental, emocional e psicológica requer cuidados e atenção. Eu, por exemplo, comecei a terapia recentemente e tenho uma rede de apoio profissional para me auxiliar nessa questão, o que tem sido muito importante na minha vida pessoal, profissional e em muitos outros aspectos.
Quando a gente cuida da nossa saúde mental, a gente se sente mais preparada para lidar com determinadas questões e dificuldades que vão surgindo ao longo da vida. Embora, para muitas pessoas com deficiência, esse acesso seja dificultado e até mesmo negado, saiba que é possível sim procurar ajuda profissional e pessoas dispostas a lhe ajudar.
É essencial, também, que reservemos um tempo para o lazer, para o descanso, para estar com pessoas que faz a gente se sentir bem, desabafar com um amigo, etc. Enfim, pequenos detalhes do cotidiano ou uma simples mudança de rotina podem nos ajudar bastante nesse processo. Que tal?
Infelizmente, a falta de acessibilidade, falta de sociabilidade, preconceito e estereótipos, são fatores que contribuem negativamente para a saúde mental de uma pessoa com deficiência. De acordo com o portal “Diário da Inclusão Social”, cerca de 26% das pessoas que tentaram suicídio no Brasil em 2016, possuíam alguma deficiência/transtorno. Portanto, o cuidado com a mente também deve ser tomado como uma prioridade e não como um favor, um “bônus”, um serviço adicional.
Mas será que todos os órgãos, sejam públicos ou privados, estão preparados para oferecer tratamentos psicológicos às pessoas com deficiência? Quantos deles oferecem recursos de acessibilidade para que essa parcela da população também seja incluída e usufrua do serviço? Como já falamos anteriormente aqui nesta coluna, nós também somos seres e humanos, portanto, dotados de particularidades que envolvem um indivíduo, logo, merecemos e devemos receber total apoio quando se trata de saúde mental.
Quanto mais cedo procurar ajuda, maiores são as chances de se garantir um tratamento eficaz e que gere um bom resultado. Procure o serviço mais perto de você e busque saber se esse local oferece recursos de acessibilidade para lhe atender, se não houver, cobre isso deles.
No Brasil, temos o CVV, Centro de Valorização da Vida, serviço gratuito oferecido pelo SUS que realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, por meio do telefone 188. O atendimento é feito por voluntários e é de graça. Qualquer pessoa que quer e precisa conversar, com sigilo, pode ligar para o 188, que funciona 24h por dia.
Saúde mental e qualidade de vida devem ser prioridades para nos tornarmos uma sociedade mais saudável mentalmente.