Ana Moser resiste à pressão para desespero dos misóginos no Planalto
Ministra do Esporte foi escolhida para representar o Brasil na Copa do Mundo feminina
Quando o governo Lula completou 100 dias, o Papo de Mina publicou uma entrevista com Ana Moser, ministra do Esporte. Na conversa, ela contou como o trabalho de mulheres, principalmente em posição de poder, é visto com olhares de descrença.
“A desconfiança é grande das mulheres, se elas têm capacidade ou não de estar em posições de poder ou, no caso, ocupando posições que normalmente eram ocupadas por homens. É a questão de estar lidando com isso, porque é com o que lidamos no dia a dia, em todas as posições. Ainda mais numa posição de poder”, disse a ministra à coluna em abril.
Esse ponto apresentado pela ex-jogadora de vôlei se provou real em diversos momentos desde que ela assumiu a pasta. São menos de 200 dias de governo e várias tentativas de fritura no Congresso.
Nos últimos dias, uma nova empreitada do “centrão” vem gerando burburinho e motivou uma campanha nas redes sociais. A pressão é para que o presidente Lula troque a chefia no ministério do Esporte. Mas para o desespero dos misóginos no Planalto, Ana Moser resiste à pressão - e com “altivez”, como contou a coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
Esporte não é puxadinho. Esporte é saúde, qualidade de vida, educação, inclusão. Esporte é transformador. Ana Moser assumiu o ministério há 6 meses, promoveu movimentos importantes, mas pode sair por politicagem. É lamentável e revoltante.@LulaOficial,não faça isso #FicaAnaMoser pic.twitter.com/1kdavRexd8
— Hortencia (@Hortencia) July 8, 2023
Esporte não é puxadinho. Esporte é saúde, qualidade de vida, educação, inclusão. Esporte é transformador. Ana Moser assumiu o ministério há 6 meses, promoveu movimentos importantes, mas pode sair por politicagem. É lamentável e revoltante@LulaOficial não faça isso!#FicaAnaMoser pic.twitter.com/QRLh00toiT
— Joanna Maranhão (@Jujuca1987) July 8, 2023
Na noite da última terça-feira (11), o presidente, que nunca sinalizou para uma substituição de Moser, deve ter contribuído ainda mais para a birra dos sexistas de Brasília e escolheu a ministra para acompanhar a seleção na Copa do Mundo feminina.
A partir de 20 de julho começa o Mundial de futebol feminino, na Austrália e Nova Zelândia, e é uma mulher que vai representar o Brasil lá fora.
Mais uma vez fica claro que o problema não é o trabalho, a posição política ou os pedidos da ministra por verba - uma vez que o ministério do Esporte é uma das pastas com orçamento mais defasado do governo. A verdade é que, para boa parte dos homens sentados em suas cadeiras de couro em Brasília, uma mulher alçar um lugar tão importante é um insulto.
Mas veja só: diante de toda essa desconfiança, ela segue com sua altivez intacta e continua o trabalho. Ana Moser resiste!