Nem todo homem, mas sempre um...
Neymar, Robinho e Dani Alves mostram que pouco ou nada podemos esperar de homens que deveriam ser ídolos, mas não respeitam as mulheres
Ao rolar a timeline do Instagram na manhã desta quinta-feira (22), uma das primeiras postagens que vi foi essa charge do Gilmar, com a simples legenda: "Nem todo homem, mas sempre um..."
A frase não é nova, e já usei provavelmente em mais de um texto aqui nas colunas. Sempre um homem, e recentemente, sempre um homem jogador de futebol. Os "bolas da vez" são Robinho, Daniel Alves e Neymar - todos jogadores de alto nível, com passagens por grandes clubes do futebol nacional e mundial, atletas de Seleção Brasileira e com status de ídolos e exemplos para as novas gerações.
Robinho, que em janeiro deste ano foi condenado pela Justiça da Itália a 9 anos de prisão por estupro cometido contra uma jovem albanesa, em 2013, ousa se defender com o argumento de que "sexo oral não é sexo".
Em áudios divulgados pelo podcast Os grampos de Robinho, do UOL, há declarações como "Eu comi a mina, ela fez chupeta pra mim e depois saí fora. Os caras continuaram lá" e "Por isso que estou rindo, não estou nem aí. A mina, a mina estava extremamente embriagada, não sabe nem quem que eu sou".
Mas ainda há quem diga que ele é inocente, e a culpada é a vítima.
Daniel Alves, que desde dezembro de 2022 está preso na Espanha, acusado de agressão sexual contra uma mulher de 23 anos, falou em entrevista ao jornal espanhol "La Vanguardia" que "perdoa a vítima" e alega que mentiu nas diferentes versões de depoimentos "para salvar o casamento".
Em uma única fala, expõe duas mulheres, e claro, nega o crime. "Estou com a consciência tranquila". A pergunta que eu me faço é: como??
Neymar, que também já teve seu nome envolvido em acusações de agressões sexuais, ontem assumiu publicamente que traiu a noiva, que está grávida. E recebeu milhares de curtidas e dezenas de comentários de "parças", parabenizando o jogador pela incrível atitude de pedir desculpas.
Falando sobre o caso com uma amiga, ouvi a seguinte frase: "nos dias de hoje, os jogadores tão estuprando tanto que quando é só trair a mulher grávida, a gente fica aliviado".
Será que estamos nos acostumando a sermos sempre assim?