Pelé: ídolo de homens e mulheres
Colunista do Papo de Mina fala sobre legado de família que o Rei do Futebol deixa após sua morte
Este é o texto mais difícil de escrever para uma jornalista que é apaixonada por futebol e cujo primeiro amor foi o Santos Futebol Clube. Lembro com riqueza de detalhes de um dos dias mais marcantes da minha infância, quando ganhei a primeira camisa alvinegra, com o número 10 estampado nas costas. Foi ali que comecei a entender a grandeza de Pelé.
Vestir o manto alvinegro se tornou uma honra, um orgulho que carregava e carrego comigo até hoje. E, muito provavelmente, esse orgulho não existiria se Pelé não tivesse existido.
Torcer para o Santos é geracional na minha família. Meu avô acompanhou as peripécias do “ataque dos sonhos” - que tinha Dorval, Mengalvio, Coutinho, Pelé e Pepe - na década de 1960 e, graças ao Rei do Futebol, conseguiu transmitir o mesmo amor para o meu pai, que não mediu esforços para que eu também partilhasse deste sentimento.
Junto com o meu pai, assisti inúmeros jogos na Vila Belmiro e visitei o Memorial das Conquistas, sempre tendo uma imagem saltando aos olhos: a do Rei do Futebol. Mesmo longe dos gramados há décadas, ele estava presente nas fotografias em preto e branco ou nos bandeirões da torcida, vestindo a insubstituível camisa 10.
Por tanto, agradeço a Pelé. Ainda que eu não tenha tido a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente, foi por causa dele que essas três gerações da minha família se encantaram e, hoje, podem dividir uma paixão.
Neste 29 de dezembro de 2022, precisaremos seguir apenas com as memórias… Mas, o legado que Edson Arantes do Nascimento deixa é de amor ao futebol e ao Santos.
“Nascer, viver e no Santos morrer é um orgulho que nem todos podem ter”. Ainda bem.