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Padre é afastado após acusação de participação em estupro em PE

Sacerdote Airton Freire, criador da Fundação Terra, foi suspenso das atividades religiosas por decisão da Diocese de Pesqueira

1 jun 2023 - 12h28
(atualizado às 13h32)
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O padre Airton Freire
O padre Airton Freire
Foto: Reprodução/Instagram

O padre Airton Freire, criador da Fundação Terra, foi afastado de suas atividades religiosas, por decisão da Diocese de Pesqueira, Pernambuco, após ser denunciado por suposto envolvimento em um crime de estupro. Ele nega as acusações. 

Por meio de nota, a Diocese informou que o sacerdote está "privado do uso da ordem" e "não tem jurisdição para presidir ou administrar qualquer sacramento ou sacramental."

O documento, assinado pelo bispo José Luiz Ferreira Sales, comunica ainda que o padre "se desejar, pode celebrar a eucaristia, mas apenas em privado, com exclusiva participação de no máximo três fiéis."

De acordo com o decreto, a suspensão foi motivada por "denúncias graves feitas pela senhora Sílvia Tavares, que indicam possíveis delitos conforme as normas da Igreja".

A decisão ocorreu após uma série de declarações dadas à imprensa na capital pernambucana pela denunciante, Silvia Tavares de Souza, de 51 anos. Desde o dia 5 de maio, ela já vinha divulgando informações sobre o inquérito em andamento por meio de canais de comunicação do interior.

Entenda as acusções 

Uma mulher denunciou o padre Airton Freire de Lima de participar e ordenar um estupro contra ela. O caso teria ocorrido em outubro de 2022, mas Silvia Tavares de Souza apenas veio a público expor o caso no início deste mês, quando deu entrevistas para emissoras locais de televisão, em Pernambuco.

Segundo detalhou ao telejornal NE1, o padre a obrigou a ter relações sexuais com seu motorista, identificado apenas como Jaílson, durante um retiro espiritual organizado pelo religioso. Silvia diz que foi chamada por ele para uma "casinha" onde ficava os aposentos do padre Airton. No local, ele perguntou se ela poderia fazer uma massagem nele.

"Comecei a dar uma massagem no pescoço, fui descendo, fui descendo... Ele 'aperte mais minha costela', quando eu cheguei perto do cóccix, ele disse, 'aperte meu cóccix'. Quando eu toquei no cóccix dele, ele estava sem torga, sem calção, sem nada. Ele estava nu. Na hora que eu vi que ele estava nu, eu pulei", afirmou.

Ao gritar, o motorista Jaílson apareceu com uma faca, que colocou no pescoço da mulher. "Ele disse, 'quieta, ninguém vai morrer'. E alí, meu mundo acabou", disse Silvia.

Assustada, a mulher contou que pedia ajuda ao padre. "Eu não conseguia falar, eu não conseguia me expressar direito e eu falava 'padinho, o que é que tá acontecendo?'", relembrou. Mas o padre Airton nada fazia.

"Ele chegou para mim e disse: 'quieta, que ninguém vai morrer'. E nisso, eu estava mobilizada, porque ele me deu uma gravata e botou a faca, entendeu? Disse: 'tire a roupa'. Eu tirei a roupa, ele pediu para o outro tirar a roupa. Ele pegou o lençol de seda e foi para uma cadeira, tipo essas cadeiras antigas, sentou nu, com o lençol aqui [cobrindo até o pescoço, segundo gesto feito pela mulher] e ficava ordenando tudo", afirmou a mulher.

Em determinado momento, Airton teria ordenado que o motorista a estuprasse. "Eu comecei a gritar, 'padrinho por favor pare com isso'. E ele disse, 'não adianta gritar porque aqui ninguém escuta. Até porque aqui tem o canil, tem os cachorros, você vai morrer de gritar e ninguém vai escutar. se você ficar quietinha, minha princesa, nada vai acontecer'", detalhou Silvia.

Terra tentou contato com a Polícia Civil de Pernambuco, o Ministério Público e o Tribunal de Justiça do Estado, mas não conseguiu retorno até o momento desta publicação.

Fonte: Redação Terra
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