Padre investigado por importunação sexual e estupro contra fiel no RJ é preso no CE
Investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) apurou denúncias de uma mesma mulher contra o sacerdote católico
O padre Alexandre Paciolli foi preso preventivamente em Fortaleza (CE) durante investigação do MPRJ sobre denúncias de estupro e importunação sexual cometidos contra uma mesma mulher no RJ em 2022 e 2023.
O padre Alexandre Paciolli Moreira de Oliveira foi preso nesta quarta-feira, 3, em uma operação que o investiga por importunação sexual e estupro contra uma mesma mulher em Nova Friburgo (RJ). Alexandre Paciolli, como é conhecido o sacerdote católico, foi encontrado e detido preventivamente na casa do pai em Fortaleza (CE). A investigação é do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
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De acordo com a Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Nova Friburgo, os crimes cometidos pelo padre aconteceram em agosto de 2022 e janeiro de 2023. Segundo o MPRJ, em ambas as ocasiões, Alexandre Paciolli aproveitou da 'ingenuidade e da fé' da vítima para praticar os abusos.
"Tendo o denunciado como seu sagrado protetor, [a vítima] não conseguiu oferecer resistência", informou a promotoria. O MPRJ aponta, também, que a Arquidiocese do Rio de Janeiro já recebeu outras denúncias de abusos sexuais cometidos pelo sacerdote e que há outras investigações policiais em curso.
A denúncia destaca que Alexandre Paciolli é uma pessoa 'muito carismática, conhecida e influente'. Nas redes sociais, agora desativadas, o sacerdota contabilizava 200 mil seguidores, incluindo membros da comunidade católica.
Após a 1ª Vara Criminal de Nova Friburgo expedir mandado de prisão contra Paciolli, uma operação conjunta entre a promotoria e a Polícia Civil do Ceará resultou na prisão do sacerdote, executada nesta quarta-feira, na capital cearense.
Paciolli atuou como reitor da igreja da PUC-RJ, responsável pela Igreja de São José em Lagoa (RJ) e apresentador da TV Canção Nova, incluindo um programa dedicado ao público feminino, o Mulheres de Fé.
O Terra tentou contato com a Arquidiocese do Rio de Janeiro sobre o caso, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestação.