Pai de santo é condenado por abusar sexualmente de cinco mulheres em São Paulo

A Justiça de São Paulo condenou a 3 anos, um mês e 10 dias de prisão, em regime fechado, o pai de santo Laércio José de Oliveira. Na decisão proferida na segunda-feira, 22, o sacerdote é responsabilizado pelos crimes de importunação sexual e violência sexual mediante fraude contra cinco mulheres. 

Os abusos aconteceram durante "consultas espirituais" oferecidas por ele. Cerca de oito mulheres denunciaram os casos à Polícia Civil. Segundo reportagem da TV Globo, cinco delas, cujos nomes não foram revelados, informaram que o pai de santo dizia que elas precisavam de limpeza espiritual e, para que isso acontecesse, era necessário que tivessem relações sexuais com ele. 

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"Ele tentou tocar nas minhas genitais, eu não permiti. Tentou fazer com que eu tocasse na genital dele, eu também não quis. Foi quando ele começou a se masturbar na minha frente. Ele falava que era necessário para quebrar o trabalho [que tinham feito contra mim]", contou uma das vítimas.

A mulher disse ainda que até pensou em tirar a própria vida depois do abuso.

"Me senti completamente abalada. Só sabia chorar. No momento que ele tava fazendo, eu já tava chorando. Assim que ele foi embora, pensei até em tirar minha vida, para ser bem sincera. Porque eu tava muito mal...muito", lembrou.

Outra vítima disse que foi atacada durante uma consulta em 2020.

"Ele enfiou a mão nos meus seios e começou a apertar, apertar. Fiquei em choque, não sabia o que fazer. Segurei a mão dele e tirei bruscamente. Ele me puxou pelo braço e falou: 'Se você contar para alguém que eu fiz isso, eu vou falar para todo mundo que você veio aqui para fazer amarração para o ex. Ninguém vai acreditar em você. Você nunca mais vai poder pisar nessa casa'", contou a moça.

Em setembro de 2023, Laércio teve prisão preventiva decretada pela Justiça, após um pedido do Ministério Público. Desde então, ele segue sendo procurado. 

A equipe de reportagem do Terra não localizou a defesa de Laércio José de Oliveira. O espaço segue aberto para manifestações.