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Papa reabre investigação contra padre acusado de abuso a freiras

Marko Rupnik é um teólogo e mosaicista conhecido mundialmente, ele foi responsável por obras dos mosaicos de Aparecida

27 out 2023 - 12h40
(atualizado às 14h43)
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Uma mulher que relata ter sido vítima descreveu os abusos como "uma descida ao inferno"
Uma mulher que relata ter sido vítima descreveu os abusos como "uma descida ao inferno"
Foto: REUTERS

A assessoria de imprensa da Santa Sé informou nesta sexta-feira, 27, que o papa Francisco determinou a reabertura da investigação contra o padre Marko Rupnik, acusado de abuso sexual e espiritual de religiosas em Liubliana, na Eslovênia, país onde nasceu.

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Rupnik é um teólogo e mosaicista conhecido mundialmente. O jesuíta foi inclusive o responsável pelas fachadas com mosaicos gigantes do santuário de Aparecida, no interior de São Paulo.

"No mês de setembro a Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores indicou ao Papa graves problemas na gestão do caso do padre Marko Rupnik e a falta de proximidade às vítimas.

Consequentemente, o Santo Padre pediu ao Dicastério da Doutrina da Fé que examine o caso e decidiu suspender o prazo de prescrição, para permitir o desenvolvimento de um processo", diz o Vaticano, em nota.

"O Papa está firmemente convencido de que se há uma coisa que a Igreja deve aprender com o Sínodo é escutar com atenção e compaixão com os que sofrem, sobretudo os que se sentem marginalizados pela Igreja", acrescenta.

Rupnik se viu no centro do escândalo que abalou o mundo católico em novembro de 2022, quando emergiram acusações de abuso contra 25 denunciantes, a maioria então freiras, na década de 1990.

Uma mulher que relata ter sido vítima, cujo nome não foi divulgado, descreveu os abusos como "uma descida ao inferno".

Ele chegou a ser excomungado por violação do sexto mandamento (sobre atos contra a castidade), considerado pela Igreja um delito gravíssimo, mas o ato foi suspenso posteriormente.

Em 14 de junho, Rupnik foi expulso da Companhia de Jesus por ter se recusado a obedecer as restrições que lhe foram impostas.

O religioso acabou sendo mandado para a diocese eslovena de Koper. A depender do resultado da investigação, ele pode perder o direito de exercer o sacerdócio. .

Ansa - Brasil
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