Blinken diz que EUA consideram restrições de visto à Uganda por lei anti-LGBTQ
As medidas seguem a condenação do presidente Joe Biden à legislação de Uganda
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse na segunda-feira que o governo norte-americano vai considerar restrições de visto contra autoridades de Uganda e outros por abuso dos direitos humanos após a implementação de uma das leis anti-LGBTQ mais duras do mundo.
Blinken afirmou que instruiu o Departamento de Estado a atualizar as orientações de viagem para cidadãos e empresas dos EUA em viagens para Uganda.
As medidas seguem a condenação do presidente Joe Biden à legislação de Uganda.
Biden disse que os EUA podem impor sanções e avaliarão as implicações da lei "em todos os aspectos do envolvimento dos EUA com Uganda".
O presidente de Uganda, Yoweri Museveni, sancionou na segunda-feira leis anti-LGBTQ que incluem a pena de morte para "homossexualidade agravada", gerando condenação ocidental e aumentando o risco de sanções por doadores de ajuda.
"Esta lei vergonhosa é o mais recente desenvolvimento de uma tendência alarmante de abusos dos direitos humanos e corrupção em Uganda", disse Biden em um comunicado.
Biden afirmou que o governo dos EUA considerará o impacto da lei como parte de sua revisão da elegibilidade de Uganda para o African Growth and Opportunity Act, que fornece acesso isento de impostos a bens de países designados da África subsaariana.
"E estamos considerando medidas adicionais, incluindo a aplicação de sanções e restrição de entrada nos Estados Unidos contra qualquer pessoa envolvida em graves abusos dos direitos humanos ou corrupção", disse Biden.