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Cantor Bruno, da dupla 'Bruno e Marrone', é denunciado por transfobia ao Ministério Público de SP

Denúncia pede punição do artista por causa de conduta transfóbica durante entrevista com a repórter Lisa Gomes

29 mai 2023 - 17h16
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Denúncia apresentada ao MP será apurada pelo Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância
Denúncia apresentada ao MP será apurada pelo Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância
Foto: Reprodução/Instagram/@oficialbrunoemarrone

O cantor Bruno, da dupla ‘Bruno e Marrone’, foi denunciado no Ministério Público de São Paulo (MP-SP) por transfobia contra a repórter Lisa Gomes.

A denúncia, apresentada nesta segunda-feira, 29, pela Associação dos LGBTQIA+, pede a punição do cantor por causa de um episódio ocorrido no início de maio, em que o artista direcionou pergunta transfóbica à repórter Lisa Gomes, da RedeTV!.

Durante um evento no Villa Country, antes do início da entrevista, o sertanejo questionou Lisa sobre sua intimidade, perguntando "Você tem pau?". Visivelmente sem reação com o comentário, a repórter respondeu: "Como assim?". E o cantor reforçou a pergunta: "P*ca".

O momento foi registrado por um celular que gravava os bastidores da reportagem.

Diversos famosos saíram em defesa da repórter.

"Os efeitos deletérios do crime de ódio por transfobia praticado pelo cantor Bruno reforçam o sistema de discriminação que as mulheres travestis e as mulheres transgêneros sofrem diariamente, excluindo-as socialmente de seu gênero identitário e obstando assim a realizações de seus direitos humanos de felicidade, aceitação e realização social e profissional", diz trecho do documento apresentado ao órgão.

Lisa Gomes, que é uma mulher trans, se sentiu invadida e desrespeitada pelo comentário do cantor. Em entrevista ao colunista Lucas Pasin, ela relatou que se sentiu "um lixo". "Tive muita dificuldade em aceitar meu corpo e venho cuidando do meu psicológico para lidar com isso. Quando alguém fala esse tipo de coisa é como se você voltasse lá atrás e relembrasse todas as questões que envolvem o processo de transição", declarou.

Ao Terra, o MP-SP afirmou que o caso será apurado pelo Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância (GECRADI).

Fonte: Redação Terra
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