Primeiros a gerar filhos com genética da família, influencers levam bebês à Parada LGBT+ em SP
A família compareceu à Parada com o objetivo de mostrar aos pequenos a diversidade e o amor
O casal de influenciadores digitais Gustavo Catunda e Robert Rosselló esteve na Parada LGBT+ de São Paulo neste domingo, 2, com os dois filhos, Marc e Maya. Os bebês foram os primeiros filhos de casal homoafetivo a serem gerados com material genético das duas famílias no Brasil.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
Nas redes sociais, os pais mostraram os filhos logo após o nascimento, em fevereiro de 2022. A família compareceu à Parada com o objetivo de mostrar aos pequenos a diversidade e o amor. "Pra gente é muito especial mostrar pros nossos filhos a diversidade do mundo, mostrar amor e, principalmente, mostrar que nossa família existe, que é uma família homoafetiva, dois pais, duas crianças, é possível e que aqui só existe amor", pontuou Gustavo.
Segundo ele, os bebês foram gerados por barriga solidária. "Foi o primeiro caso aqui no Brasil de crianças com a mistura genética da família de dois pais. Então, é mais uma forma que a nossa comunidade tem de ter filhos e realizar esse sonho", conta.
O casal explica que preferiu levar as crianças para a Parada nesta manhã, durante a montagem e concentração, enquanto o movimento está mais tranquilo. "A gente vem de manhã com os dois, mas de tarde, só nós dois para aproveitar", diz Gustavo.
"Tem dois momentos pra gente, o momento família, que é de manhã, aqui bem mais tranquilo. E à tarde vem só os papais para aproveitar todo o show, essa comemoração com a Pabllo, Glória, Banda Uó, todo mundo aqui aproveitando", conta Robert.
Juntos há 13 anos, o casal é de Brasília, mas vive em São Paulo desde o nascimento dos filhos. Para eles, a Parada LGBT+ de São Paulo é, além de um momento de descontração e festa, um dia para falar de amor.
"O mais importante é que hoje é um dia para a gente falar de amor, de diversidade, mostrar representatividade de indivíduos, de familias", considera Gustavo.
"E mostrar que, se a gente quer ter filhos, se a gente quer formar uma familia, a gente pode. Ninguém pode falar para a gente o que a gente pode ou não fazer. Se é um sonho nosso, a gente corre atrás e tem todas as ferramentas para conquistar isso, seja barriga solidária, adoção, de qualquer forma podemos construir uma família, sim", completa Robert.