Como em "Renascer" outros casais lésbicos que surgiram para movimentar novelas
Autor irá unir Joana e Zinha como estratégia para aumentar audiência
Bruno Luperi, responsável pela adaptação de "Renascer", irá formar um casal não existente na primeira versão: Zinha (Samantha Jones) e Joaninha (Alice Carvalho) vão engatar um romance na reta final da novela segundo a coluna Play, do jornal O Globo.
A estratégia é controversa, primeiro pelos recorrentes cortes nas cenas de afeto nas tramas de casais LGBTQIA+ em novelas como "Vai na Fé", "Terra e Paixão" e "Amor Perfeito". Na ocasião, a jornalista Carla Bittencourt do site Notícias da TV apurou que os cortes foram obra do diretor geral dos Estúdios Globo, Amauri Soares, por medo de desagradar o público evangélico.
Após o debate público, Amauri desmentiu a informação e cenas de beijo foram ao ar nos capítulos finais de "Terra e Paixão" e em "Elas por Elas".
Outro fator complexo é o processo de sexualização de mulheres lésbicas. Casais gays ou transcentrados não são formados de última hora em busca de audiência, apenas de mulheres, mostrando que a escolha pelos casais lésbicos têm um propósito mais sexual do que afetivo.
Relembre outras tramas em que autores recorreram aos casais lésbicos para recuperar audiência.
"Elas por Elas"
A trama, que teve recordes negativos na faixa das 18h, chegando a ter sua exibição suspensa em um sábado. Os autores Alessandro Marson e Thereza Falcão então resolveram criar o casal Natália (Mariana Santos) e Carol (Karine Teles). O lado positivo foi a cena delicada e simpática protagonizada pelas atrizes.
"Amor de Mãe"
Encarando o desafio de retornar depois de um ano paralisada por conta da pandemia do Covid-19, a novela exibida às 21h precisou de vários movimentos da autora Manuela Dias para levar o público de volta à trama. Uma das estratégias adotadas foi a criação do casal Penha (Clarissa Pinheiro) e Leila (Arieta Corrêa) que terminou a história abrindo um bar sertanejo.
"Órfãos da Terra"
Duca Rachid e Thelma Guedes começaram bem com a trama que acompanhava a saga de refugiados que chegam ao Brasil, mas não sustentaram os números ao longo da novela exibida às 18h, trataram então de juntar Camila (Anajú Dorigon) e Valéria (Bia Arantes) com direito à casamento e tudo. Deu certo e a novela acabou com bons índices de audiência.