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'Era muito difícil ver uma afeminada de shortinhos na TV', diz Serginho sobre participação no BBB

Na Parada LGBT+ de SP, o ex-BBB comentou sobre os avanços na televisão e a polêmica do uso de pronomes neutros

2 jun 2024 - 14h31
(atualizado às 16h41)
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Serginho na Parada LGBT+ de SP
Serginho na Parada LGBT+ de SP
Foto: Pedro Garcia/Redação Terra

Presente na Parada LGBT+ de SP, que acontece neste domingo, 2, na Avenida Paulista, o ex-BBB Serginho contou ao Terra que já participa do evento há mais de 15 anos. Ele afirmou que é um dia especial, mas que não é só festa.

  • O Terra é o veículo oficial da Parada SP, que tem cobertura patrocinada por Vivo, Amstel e L'Oreal

"É levantar a bandeira, é militar tudo que a gente precisa e tudo que a gente sofre todos os anos. O Brasil é o lugar que mais mata gays e transsexuais. A gente está aqui pra mostrar que nós somos iguais", disse.

Durante a conversa, Serginho também relembrou sua participação no Big Brother Brasil 10, da TV Globo. Ele foi um dos primeiros LGBT a participar do programa e vê que, ao longo dos anos, houve avanço nesse sentido, com mais pessoas da comunidade fazendo parte da televisão.

"Nada é regressivo, a gente progrediu bastante. Eu cheguei numa época que era muito complicado ser afeminado na televisão, usar shortinho. Hoje é muito mais fácil você colocar uma peruca, você se montar. Eu, se posso ser modesto, abri muitas portas naquela época. E quem abriu mais agora foi a Pabllo [Vittar]. Fico muito feliz de ter feito parte e faço parte dessa história."

Ele revelou que já foi convidado duas vezes para participar de um outro reality show, mas disse que só voltaria para o BBB.

Serginho ainda explicou como foi o processo de se descobrir como uma pessoa não-binária --que não se sente pertencente ao gênero masculino ou ao feminino. "Foi aos poucos. Primeiro eu me via como um menino andrógino e, com o tempo, eu comecei a ver que eu não me identificava nem como homem nem como mulher. Não fisicamente, digo psicologicamente."

Recentemente, ele também afirmou que não concorda com o uso de pronomes neutros, mas ao Terra reforçou que isso vale para ele. "Eu não concordo para mim. Então assim, para mim não é elo, é ela ou ele, tanto faz. Para mim, eu acho uma bobagem, para os outros a gente tem que respeitar. Aquela declaração que eu falei foi para mim", ressaltou.

Fonte: Redação Terra
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