Fred Nicácio relembra rituais de 'cura gay' na infância: "Ouvia que Deus ia me castigar"

Fred Nicácio, de 37 anos, ex-participante do Big Brother Brasil 23, revelou na noite de terça-feira, 25, que foi submetido alguns rituais de conversão, popularmente conhecidos como 'cura gay', durante sua vida.

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"Nasci num lar evangélico. Sou filho de pai e mãe militares, e vocês podem imaginar que esse não é um meio muito salubre para pessoas LGBTs. Passei a minha infância inteira ouvindo que Deus ia me castigar por isso, que era pecado, passei por 'curas gays'", contou Fred Nicácio, em compartilhado em seu perfil no Instagram.

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Segundo o ex-BBB, os 'tratamentos' contra sua sexualidade criaram traumas nele e em sua família. "Essa 'saída do armário', para mim, foi muito dolorosa, porque isso veio com uma ruptura com minha família, sem o apoio, sem o amor, sem o afeto, sem o acolhimento [...] A minha história não é única. Ela é uma história que se repete em vários lares brasileiros. Não foi fácil. Isso me fez ter que escolher entre mim e a minha família. Que bom que consegui [chegar até aqui]. Muitos não conseguem sobreviver a essa angústia".

Sem contato com os parentes por um tempo, o influenciador construiu sua própria família. Ele, inclusive, agradeceu aos amigos e ao namorado por acolhê-lo nesse processo de autoconhecimento e crescimento.

"Eu tive apoio de amigos e, na época, do meu namorado e hoje marido, para que eu pudesse superar. Acreditei naquilo que estava dentro do meu coração e dizia que não há problema nenhum amar quem quer que seja. Amor é amor. Por isso que eu digo a vocês: não deixem de amar quem vocês querem amar. Vale a pena. Viva ao nosso orgulho", encerrou Fred, que é casado há cinco anos com Fábio Gelonese.

Fred Nicácio no Sul do Brasil

Em maio de 2024, o ex-BBB embarcou para o Rio Grande do Sul para ajudar as vítimas das enchentes. O soteropolitano prestou atendimento em abrigos e em domicílios, com foco na populaçãoLGBTQIA+. O médico fez a viagem em parceria com a organização Fundo Positivo, onde atua como embaixador.

Fundada em 2014 e dedicada ao financiamento de iniciativas voltadas para a saúde sexual em todo o Brasil, a instituição está mobilizada em diversas áreas afetadas pela tragédia no Estado. “Eu vou visitar as ONGs apoiadas pelo fundo e realizar atendimentos médicos nos abrigos focados na população LGBTQIA+, além de fazer uma roda de atendimentos domiciliares a pessoas que não estão conseguindo ir até um posto de atendimento e receber um atendimento adequado”, disse ele, em vídeo no Instagram.

Além dele, outros ex-BBBs com formação médica também viajaram ao Sul. Tais como, Amanda Meirelles, Thelma Assis e Marcela Mc Gowan. Davi Brito, campeão da atual edição do reality, também viajou ao Estado, mas recebeu críticas por atrapalhar os voluntários e por usar sua chave pix pessoal para receber doações. Após retornar para a Bahia, seu estado nativo, ele confessou que usou o dinheiro doado pelos fãs para uso pessoal, pois não tinha condições para comprar passagens aéreas e se manter por lá.

 

 

 

 

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