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Globo vai abordar intersexualidade em novela; saiba o que é

Filho de Teca em Renascer será uma criança intersexo

24 mai 2024 - 07h00
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Resumo
'Renascer' vai apresentar um personagem intersexo na trama. A intersexualidade consiste em possuir características sexuais que não se encaixam nas classificações binárias.
Teca, de Renascer, vai dar à luz criança intersexo
Teca, de Renascer, vai dar à luz criança intersexo
Foto: Reprodução / Globo / RD1

A novela Renascer, exibida na TV Globo, vai ganhar uma nova trama em breve. A bebê de Teca, personagem de Lívia Silva na trama, será uma criança intersexo. 

A intenção de Bruno Luperi, autor do folhetim, é fazer uma homenagem para uma das personagens da versão original da novela escrita por seu avô, Benedito Ruy Barbosa. Maria Luísa Mendonça interpretou a primeira Buba da novela e, na época, era uma pessoa intersexo.

Na versão de Bruno, que está em exibição no horário nobre, Buba é uma mulher trans interpretada por Gabriela Medeiros.

Com o nascimento do filho de Teca e Augusto (Renan Monteiro), os médicos vão identificar que se trata de uma criança intersexo. A novela, ainda, deve colocar no passado o termo que era usado para descrever essas pessoas: hermafrodita. O casal vai passar por uma certa confusão na hora de registrar a criança, e contará com os conselhos de Buba.

Mas o que é a intersexualidade?

De acordo com a definição do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos - ACNUDH, pessoas intersexo “nascem com características sexuais que não se encaixam nas definições tipicamente disponíveis para corpos masculinos ou femininos, podendo incluir características da anatomia sexual, órgãos reprodutivos, padrões hormonais e/ou cromossômicos”. Especialistas acreditam que menos de 2% da população nasce com essas características.

Por exemplo, uma pessoa intersexo pode ter uma genitália ambígua ou uma combinação de características físicas internas e externas que não correspondem às classificações binárias. As mudanças no corpo e hormonais, inclusive, podem surgir apenas durante a puberdade ou em fases mais adultas da vida.

Hoje, ativistas lutam para que não sejam realizadas cirurgias de forma compulsória durante a infância de quem é uma pessoa intersexo. Essas cirurgias são feitas em busca de “normalizar” o indivíduo, tentando que ele se encaixe em estereótipos de gênero. Ainda, há a luta pelo desuso do termo “hermafrodita”, tido como pejorativo.

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Fonte: Redação Terra
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