Simone, Zélia Duncan e mais: cantoras orgulhosamente lésbicas
Importantes nomes da música brasileira fazem parte da comunidade LGBTQIA+ com orgulho
Relembre artistas lésbicas brasileiras que marcaram a música nas décadas de 70, 80 e 90, como Cássia Eller, Zélia Duncan e mais.
A música brasileira sempre foi marcada pela diversidade. Não apenas nos estilos, mas também em que a representa atrás dos microfones. Existem figuras que levantaram a bandeira da representatividade quando ela ainda era julgada, e continuam sendo ícones LGBTQIA+ até hoje.
Isso vale, obviamente, para mulheres lésbicas. Relembre as artistas que fizeram sucesso nos anos 1980 — nos palcos e fora do armário.
Cássia Eller
Nascida em 1962, Cássia foi uma das cantoras mais renomadas da música brasileira. Entre seus álbuns mais famosos estão "Cássia Eller" (1990), "O Marginal" (1998) e "Acústico MTV" (2001). Ela teve uma parceira de longa data chamada Maria Eugênia Vieira Martins, com quem teve um filho, Francisco Ribeiro Eller, nascido em 1994. Cássia nos deixou em dezembro de 2001.
Zélia Duncan
Duncan começou sua carreira nos anos 1980, mas foi nos anos 1990 que ganhou maior destaque nacional com o álbum "Zélia Duncan" (1994), que inclui singles como "Catedral" e "Alma”.Ela fala abertamente sobre ser uma mulher lésbica, e já confessou ter tido preconceito consigo mesmo. “Tinha um pouco de preocupação de não ser e hoje eu digo que um dos maiores orgulhos que tenho é ser dessa comunidade. Eu me expunha muito, ouvia coisas e não sabia lidar com aquilo tudo”, disse, ao UOL, em março deste ano.
Simone
Nascida em Salvador, na Bahia, Simone tentou a vida no esporte, em especial no basquete, mas acabou se encontrando na música. Seu primeiro álbum, que leva seu nome, foi lançado em 1973. Alguns dos maiores sucessos de Simone incluem "Então é Natal", "Começar de Novo", "Jura Secreta" e "Explode Coração”. Ela é assumidamente lésbica, mas já confessou que não gosta muito da palavra — nem do termo sapatão. “Prefiro gay, é mais alegre”, contou ao jornal O Globo, em março de 2022.
Joanna
Joanna foi um dos grandes destaques da música brasileira nos anos 1980, com as faixas “Cicatrizes” e “Seu Corpo”. Ela nasceu no Rio de Janeiro e participou de um reality da extinta TV Tupi, chamado “A Grande Chance”. A cantora assumiu ser lésbica nos anos 1990, e chegou a se casar com a ex-empresária, Maria Marta. Em 2020, assumiu um relacionamento com a cantora e atriz católica Karen Keldani.
Angela Ro Ro
Angela Ro Ro começou sua carreira na década de 1970 e ganhou destaque com o lançamento de seu álbum de estreia homônimo, em 1979, que incluía sucessos como "Amor, Meu Grande Amor" e "Simples Carinho”. Ela assumiu publicamente ser lésbica ainda no início de sua trajetória como artista e, desde então, defende a causa LGBTQIA+.
Marina Lima
Marina deu início à sua trajetória musical nos anos 70, porém foi na década seguinte que sua carreira decolou. Com o lançamento de álbuns como "Simples Como Fogo" (1983) e "Fullgás" (1984), ela conquistou reconhecimento nacional. Ela se assumiu publicamente como lésbica em 2004, durante uma entrevista à revista Época. Desde então, ela tem sido aberta sobre sua orientação sexual e tem sido uma voz importante na luta pelos direitos LGBTQ+ no Brasil.