"Um peso que carregava há muito tempo", diz Marco Pigossi sobre esconder sexualidade
Ator, que assumiu publicamente a sua homossexualidade em 2021, diz que fez filme independente para pagar 'dívida com comunidade'
O ator e produtor Marco Pigossi participou de uma coletiva de imprensa on-line nesta quinta-feira, 1, para divulgar o seu primeiro documentário, Corpolítica. A conversa foi guiada pela repórter Thaiz Guimarães e contou com a participação da deputada federal Erika Hilton e do produtor Pedro Henrique França, que também integram a equipe do documentário.
Durante a conversa, Pigossi revelou que o processo de criação do documentário fez com que ele 'pagasse' sua dívida com a comunidade LGBTQIA+: "Esse filme é pessoal, uma das coisas mais bonitas de autoaceitação e saída do armário, de um peso que carregava há muito tempo de ser uma pessoa homossexual. Não existia isso dentro da TV. Eu tinha uma certa dívida com a minha comunidade, com esses corpos e quanto me violentei não sendo".
A 'saída do armário' do ator ocorreu em 2021, quando ele publicou uma foto nas redes sociais com o atual namorado, o italiano Marco Cavalni. Na época, ele escreveu que 'chocou um total de 0 pessoas', dando a entender que, apesar de ter sido a primeira declaração pública sobre sua sexualidade, isso já não era novidade.
O documentário acompanha políticos LGBTQIA+, como Erika Hilton e Monica Benicio, durante a campanha eleitoral em 2020 na qual o Brasil atingiu seu recorde de candidaturas da comunidade LGBTQIA+. O filme, que é 100% independente, ganhou o Prêmio Fênix na categoria de Melhor Documentário no Festival do Rio 2022.
Corpolítica estreia no dia 8 de junho nos cinemas brasileiros.