Vídeo viraliza após mãe agredir mulher que teria ameaçado sua filha lésbica
Caso aconteceu em atacadista na capital paulista; colaboradora foi afastada
Um vídeo movimentou a comunidade LGBTQIA+ no Twitter nesta quarta-feira, 3. Nas imagens, a técnica em enfermagem Thais Requena, de 39 anos, agride uma funcionária do Assaí Atacadista, localizado no bairro de Ermelino Matarazzo, na zona leste de São Paulo, após acusar a mulher de ameaçar de agressão sua filha lésbica de 14 anos.
Em entrevista ao Terra, Thais explicou que toda a situação começou após os pais da namorada de sua filha terem acesso a uma foto do casal se beijando. “Por meio de mensagens, ela [funcionária do atacadista] chamou minha filha de vagabunda. Falou que sabia que ela tinha alguma coisa de errado e, por isso, não ia com a cara dela. E o que ela tem de errado? Ela é uma pessoa comum como qualquer outra!”, afirma a técnica de enfermagem.
🚨 CERTÍSSIMA! Mãe de adolescente lésbica vai ao local de trabalho de homofóbica, após descobrir que a mesma estava ameaçando sua filha de apenas 14 anos. O caso aconteceu em Guarulhos, São Paulo. pic.twitter.com/u1ZwXMLfEJ
— Universo LGBTQIA+ 🏳️🌈 (@universolgbtq) May 2, 2023
Além dos xingamentos, outra mensagem continha ameaças de agressão caso as duas adolescentes se encontrassem novamente. A família também enviou um vídeo, no qual o pai da jovem aparece destruíndo itens da filha com a estampa das cores da bandeira LGBTQIA+ (veja abaixo).
Após o envio das mensagens, Thais tentou novamente contato, mas os pais da namorada da filha não atenderam mais as ligações, o que levou Requena a ir até o atacadista e tirar satisfações pelo ocorrido. Foi neste momento em que ocorreu a gravação na qual Thais aparece xingando e agredindo fisicamente a mulher que ameaçou sua filha.
Boletim de ocorrência e afastamento
Thais esteve nesta quarta-feira em uma delegacia, onde registrou um boletim de ocorrência contra a funcionária do atacadista, que não teve seu nome revelado, pelos crimes de homofobia e ameaça.
Em nota, o atacadista Assaí, onde ocorreu o fato, afirmou que "em apuração interna preliminar, o episódio ocorrido na loja de São Paulo aparenta decorrer de desavenças pessoais entre as envolvidas e já foi levado às autoridades para apuração e providências." Além disso, a empresa disse também que, em paralelo, abriu um processo de investigação interna para colaborar com as autoridades no esclarecimento do caso e que a colaboradora está afastada de suas funções.