Você sabia que mulheres trans podem amamentar? Entenda
Com o avanço da ciência e a descoberta e tratamentos, hoje a lactação é possível
Na semana passada, o TikTok baniu o vídeo da influenciadora Erika Fernandes amamentando seu filho, Noah, informando haver 'exploração e abuso de jovens'. O vídeo voltou ao ar e o assunto trouxe à tona novamente a lactação por parte de mulheres trans.
A capacidade de uma mulher trans lactar é uma área relativamente nova de estudo e continua em desenvolvimento. O primeiro caso registrado que deu certo foi feito em 2018. A quantidade de leite produzida foi capaz de fornecer amamentação exclusiva ao bebê por seis semanas.
Métodos para a lactação
O processo de permitir que uma mulher trans possa lactar e produzir leite envolve uma abordagem multidisciplinar e pode variar dependendo das circunstâncias individuais.
Existem algumas opções e métodos possíveis para a indução da lactação em mulheres trans. Aqui estão alguns dos procedimentos mais comuns:
Estimulação hormonal: A estimulação hormonal é uma etapa importante para induzir a produção de leite. Geralmente, são prescritos hormônios como estrogênio e progesterona, que ajudam a desenvolver as glândulas mamárias e estimulam a produção de leite.
Medicamentos adicionais: Além dos hormônios, outros medicamentos, como a domperidona, podem ser prescritos para aumentar a produção de prolactina, o hormônio responsável pela produção de leite.
Uso de bomba de leite: Utilizar uma bomba de leite é uma prática comum para estimular a produção de leite. Isso ajuda a esvaziar as glândulas mamárias e enviar um sinal ao corpo para produzir mais leite.
Relactação ou adopção do aleitamento cruzado: Em alguns casos, pode ser possível usar métodos como a relactação, em que a mulher trans pode usar um suplemento alimentar para ajudar na produção de leite ou adotar o aleitamento cruzado, onde ela amamenta uma criança que não é biologicamente sua.
É importante ressaltar que cada pessoa é única e pode ter diferentes respostas a esses métodos. Portanto, é fundamental trabalhar em estreita colaboração com profissionais de saúde especializados, como endocrinologistas, ginecologistas e pediatras, que possam fornecer orientações personalizadas e monitorar o processo.