Pastor é preso suspeito de assassinar mulher trans em motel no litoral de São Paulo
Luane Costa da Silva foi encontrada morta em um motel de Santos (SP)
Um pastor de 45 anos foi preso em flagrante na noite de segunda-feira, 21, após uma mulher trans, de 27, ser encontrada morta dentro de um quarto de motel, em Santos, no litoral paulista. A perícia teria indicado que Luane Costa da Silva morreu por enforcamento e asfixia. O caso é investigado.
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Ao Terra, a Secretaria de Segurança de Pública (SSP) informou que o caso ocorreu no estabelecimento localizado na Avenida Rangel Pestana, no bairro Vila Matias. Equipes da Polícia Militar foram acionadas para atender a ocorrência e apuraram no local que o suspeito teria matado a jovem.
De acordo com a Rede Bahia, afiliada da TV Globo, Luane é natural de Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo Baiano, e tinha viajado para Santos no último dia 15 junto do marido para procurar um apartamento para morar. A irmã dela, Myllena Rios, informou que ambas eram garotas de programa e que também viria para a cidade do litoral paulista com o companheiro para que os quatro morassem juntos na cidade do litoral paulista.
O marido de Luane disse à família que ela saiu do apartamento na segunda para ir a um programa em um motel, mas não retornou. Preocupado, ele passou a fazer contato com as delegacias da cidade para informar seu desaparecimento, quando foi informado pela Polícia Civil que o corpo dela foi encontrado nesse motel.
Ainda conforme a emissora, a perícia teria indicado morte por enforcamento e asfixia. A previsão é de que o corpo dela chegue à Bahia nesta sexta, 25.
Pastor deu sua versão
Segundo o jornal local Santa Portal, o suspeito afirmou à polícia que dirigia pela Avenida Senador Feijó, quando uma mulher se aproximou de seu carro e ofereceu um programa por R$ 100. Ele aceitou, e ambos foram para o motel. No local, ele descobriu que a vítima era uma mulher trans e tentou desfazer o acordo com ela.
O pastor alegou que a mulher se sentiu humilhada e exigiu que ele fizesse mais uma transferência de R$ 100 via Pix. Em seu depoimento, o homem afirmou que fez o pagamento para evitar que a vítima fizesse um “escândalo” e acionasse a polícia. Às autoridades, ele revelou que é pastor de uma igreja local, casado há 25 anos, pai de três filhos e que tinha medo que a esposa descobrisse sua infidelidade.
Não foi revelado se houve algum desentendimento entre ele e Luane depois das transferências bancárias que teriam levado ao assassinato da vítima.
A SSP informou ao Terra que foi requisitado exame necroscópico para identificar a causa da morte e que o caso foi registrado como homicídio na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos.