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Plano do governo para juventude negra viva inclui câmeras corporais e cursinhos populares

Iniciativa será lançada por Lula nesta quinta-feira, 21, e prevê ações em 18 ministérios

21 mar 2024 - 10h08
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Polícia de São Paulo usa câmera corporal em um programa que foi ampliado em 2020
Polícia de São Paulo usa câmera corporal em um programa que foi ampliado em 2020
Foto: Taba Benedicto/Estadão

O governo federal vai lançar nesta quinta-feira, 21, o Plano Juventude Negra Viva que trará ações transversais em 18 ministérios para combate ao racismo e preservação da vida da população negra. O Estadão apurou que o plano inclui medidas que vão desde a aquisição de câmeras corporais para uso policial até programa de incentivo a cursinhos populares.

As ações incluídas no plano somam pelo menos R$ 665 milhões em iniciativas específicas voltadas para a população negra. O plano, que terá 200 ações e 43 metas específicas, é liderado pelo Ministério da Igualdade Racial, que articulou o conjunto de compromissos das outras pastas da Esplanada. O foco em políticas para população negra foi uma das promessas de campanha do presidente Lula. Ao assumir o governo, Lula criou a pasta, sob comando da ministra Anielle Franco.

Um dos principais eixos do plano, a segurança pública será contemplada em pelo menos duas grandes ações tocadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública: o incentivo e aquisição de câmeras corporais para uso policial e o incentivo aos Centros Comunitários pela Vida (Convive). Essas são ações que já estão sendo desenvolvidas na pasta e têm convergência com o objetivo do plano Juventude Negra Viva.

O MJSP prevê um investimento de cerca de R$ 13 milhões para a aquisição das câmeras corporais, que são defendidas pela gestão do ministro Ricardo Lewandowski como instrumento importante para redução da letalidade policial, que acaba vitimando majoritariamente a juventude negra. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que, após a implementação do equipamento, entre 2019 e 2022, a letalidade policial no Estado de São Paulo caiu 62,7%.

Além disso, a pasta usará R$ 200 milhões do Fundo de Segurança Pública para ampliação dos Convive, que são focados na redução da criminalidade a partir de ações de promoção da cultura, formação profissional, entre outras. Os Convives também estão contemplados no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com R$ 390 milhões.

Na área da educação, o Plano vai concentrar ações voltadas para formação de professores e ampliação do acesso à graduação e pós-graduação, por meio de incentivo de bolsas de estudo, entre outras medidas. Uma das medidas do Ministério da Educação (MEC) será o Programa de Apoio e Fortalecimento aos Cursinhos Populares. O objetivo do MEC é que com maior número de cursinhos haja uma ampliação de estudantes negros, periféricos e em situação de vulnerabilidade nas universidades e nos institutos federais.

Outro foco da Educação no plano Juventude Negra Viva é a criação de uma licenciatura em Educação Quilombola. O MEC abrirá 25 cursos voltados para área, com 1730 vagas. É a primeira vez que um curso voltado para formação de professores especialistas em educação quilombola é lançado. O programa será conduzido em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) por meio do Programa Nacional de Fomento à Equidade na Formação de Professores da Educação Básica (Parfor Equidade).

Estadão
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