PMs são afastados temporariamente após suposto caso de racismo contra motoboy em Porto Alegre
A decisão foi tomada em virtude do "estresse" e por "precaução" em torno dos agentes
A Brigada Militar decidiu afastar dois agentes envolvidos na abordagem que resultou na prisão de um motoboy negro no último sábado (17). A decisão foi tomada em virtude do "estresse" e por "precaução" em torno dos agentes.
Durante o período da sindicância, o decreto de afastamento será mantido em vigor, enquanto isso, os agentes irão desempenhar suas funções no setor administrativo da Brigada Militar.
Segundo o secretário da Segurança Pública, Sandro Caron, a decisão de afastamento dos agentes foi considerada importante em razão do estresse provocado. Ele também mencionou que após esse período, os mesmos serão submetidos a um monitoramento para assegurar uma gestão de segurança pública de qualidade.
O caso
A Brigada Militar está atualmente conduzindo uma investigação para apurar a possível ocorrência de racismo durante a abordagem policial que levou à prisão do motoboy Everton Henrique Goandete da Silva, de 40 anos. Silva teria acionado a polícia após uma discussão com um homem branco, que o teria atingido com uma faca. No entanto, ao chegar ao local, a Brigada Militar optou por algemar o motoboy e conduzi-lo, no camburão, até a delegacia.
Durante a ocorrência, o homem branco, identificado como Sério Camargo Kupstaitis de 71 anos, foi acompanhado pelos policiais até sua casa e teria deixado-a a faca usada na agressão. Após isso, Camargo foi algemado e levado em outra viatura. A conduta dos policiais em relação a Sérgio também será objeto de investigação.