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Polícia acredita que 5 homens estejam envolvidos em suposto estupro em boate no Rio

A estrangeira denuncia ter sido abusada em um "dark room" (quarto escuro) da boate Portal Club, na Lapa

5 abr 2024 - 17h29
(atualizado às 18h05)
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Crime ocorreu na boate Portal Club, na Lapa, centro do Rio de Janeiro
Crime ocorreu na boate Portal Club, na Lapa, centro do Rio de Janeiro
Foto: Reprodução/RJTV

A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando ao menos cinco homens por envolvimento no suposto estupro de uma turista estrangeira em uma boate na Lapa, no centro do Rio. Um deles, o que teria levado a mulher para o dark-room (quarto escuro) já foi identificado. A informação é do portal g1.

Imagens do circuito de segurança da boate Portal Club mostram a jovem de 25 anos conversando com um segurança do estabelecimento, acompanhada de uma amiga. Os três são vistos deixando a boate para prestar queixa, na madrugada do último domingo, 31.

A estrangeira já deixou o País. Em uma carta, ela se queixa da forma como foi tratada pela equipe da boate.

"O segurança disse que me viu entrando naquele quarto escuro com um homem por minha própria vontade. Eu disse a ele que realmente não sabia o que estava acontecendo porque isso realmente não existe no meu país. Pensei que era outra pista de dança. Ele fez um gesto como se não pudesse fazer nada com isso. Comecei a me desesperar novamente. Se a segurança do local não conseguia me ajudar e entender o que estava acontecendo, como a polícia iria fazer?", escreveu.

Após a repercussão do caso, a boate Portal Club publicou uma nota em que diz ter acolhido a vítima e se colocado à disposição das autoridades.

"Fornecemos as imagens e áudio do circuito de segurança aos responsáveis pela investigação, onde será provado todo o apoio que prestamos à vítima, juntamente com os dados dos clientes presentes no dia, que tenham colocado o nome na lista ou comprado ingresso antecipadamente. Estamos comprometidos com a busca pela verdade e desejamos que os responsáveis sejam devidamente punidos", afirmou o estabelecimento.

O local foi interditado na noite de quinta-feira, 4, pela Secretaria de Ordem Pública do Rio de Janeiro. A medida, segundo a pasta, tem o intuito de preservar a segurança, ordem pública e para que o local permaneça fechado até o encerramento das investigações.

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Nova denúncia

Após a denúncia da turista estrangeira vir à tona, mais uma mulher relatou que também foi abusada dentro da boate Portal Club. A vítima contou que o crime ocorreu em novembro do ano passado.

Segundo o RJTV, a segunda vítima relatou que estava no local para assistir ao show de um grupo de pagode. Ela contou que bebeu normalmente, mas se sentiu mal e tonta quando foi ao banheiro.

"Neste dia, tinha um open bar e eu bebi normalmente. Quando eu fui ao banheiro, não me senti bem, tonta, e não me lembro mais do que aconteceu. Eu acordei no quarto preto, com um homem na minha frente, um homem do meu lado sem calça", contou.

Ela disse que chegou a ser abordada por uma funcionária do estabelecimento e, a partir disso, soube que estava em um espaço reservado da boate, chamado de dark room.

"Quando eu fui urinar, saíram algumas coisas pelas minhas partes, um líquido pelas minhas partes. Só que assim que eu saí, veio uma funcionária e perguntou: 'Você sabe onde você estava?'. Não, não sei. 'Você estava num dark room (quarto escuro)'. Mas eu nunca entraria no dark room", completou.

Na ocasião, a mulher chegou a registrar a ocorrência em uma delegacia, mas contou que o processo não foi fácil.

"No IML, preparando para fazer um exame, que é um dos exames mais importantes que pode vir a ver quem foi, me perguntaram se eu estava sozinha. Era um homem e ele falou que não poderia fazer o exame, e me mandaram pra casa. Falaram pra voltar no outro dia. Eu me senti violada, eu me senti mal em todas as etapas do que eu poderia fazer, até os culpados podem ter sido reconhecidos", contou.

Ainda de acordo com a publicação, a vítima disse que entrou em contato com a boate para buscar ajuda e não teve nenhum retorno.

"Entrei em contato com a boate, até hoje não me responderam e até hoje eu tenho dor. Não tem um dia que eu fique com uma noite tranquila. Eu creio que sejam vários casos, porque se eles tentaram persuadi-la para não dar queixa, ele me humilhou. O funcionário da casa tentando me fazer acreditar, porque eu estava realmente bem zonza, que a culpa era minha", acrescentou.

A mulher resolveu procurar a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) após a repercussão do caso da estudante estrangeira. O caso dela é investigado pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), que analisa as imagens de câmeras de segurança para identificar os suspeitos de envolvimento no crime.

Fonte: Redação Terra
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