Polícia analisa "dark room" de boate onde estrangeira teria sofrido estupro coletivo e acha pistas do suspeito
Universitária de 25 anos conheceu um homem na festa que a levou para o quarto escuro, um espaço mais reservado da boate
Uma universitária estrangeira denunciou ter sofrido um estupro coletivo na boate Portal Club, na Lapa, no Rio de Janeiro. As autoridades encontraram pistas do suspeito que teria levado a jovem para um "quarto escuro".
A Delegacia de Atendimento à Mulher do Centro do Rio (Deam) realizou uma vistoria na boate Portal Club, na Lapa, onde uma universitária estrangeira denunciou ter sofrido um estupro coletivo. O caso aconteceu no último domingo, 31.
Conhecido como quarto escuro, o "dark room", lugar em que a jovem de 25 anos teria sofrido os abusos, também foi analisado pela delegacia na última quarta-feira, 3. As autoridades encontraram pistas do rapaz que teria levado a jovem para o quarto, segundo o g1.
De acordo com o depoimento à polícia, a mulher conheceu um homem na boate que a chamou para o dark room, que é um espaço mais reservado.
No local, ela foi violentada por homens que acredita que podem ser amigos do homem que ela conheceu na festa. A mulher perdeu a consciência durante o estupro e, quando acordou, procurou uma amiga e pediu ajuda aos funcionários da boate. No entanto, eles tentaram convencê-la a não contar para a polícia.
Crime
Em entrevista, a estudante revelou estar em choque com o ocorrido. "Eu estou processando tudo. Mas foi muito difícil pra mim. Eu tinha entendido que era o lugar mais seguro do Rio, essa boate. Então, eu fiquei tranquila, que não podia acontecer nada disso", disse ao RJTV, da Globo.
Antes de denunciar a violência na delegacia, a mulher procurou a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do RJ (Alerj). Ela também fez exame de corpo de delito.
A jovem iria passar um ano estudando língua portuguesa na Bahia, mas desistiu e quer voltar para casa o mais rápido possível.
Em nota, a boate Portal Club disse que repudia veementemente o crime e que "nunca irá apoiar qualquer forma de intolerância, opressão ou violência contra as mulheres".
"Assim que tomamos conhecimento do incidente, a casa prontamente acolheu a vítima e se colocou à disposição das autoridades para que os fatos sejam imediatamente investigados e esclarecidos. Além disso, fornecemos as imagens e áudio do circuito de segurança aos responsáveis pela investigação, onde será provado todo o apoio que prestamos à vítima, juntamente com os dados dos clientes presentes no dia, que tenham colocado o nome na lista ou comprado ingresso antecipadamente", informou.
Em caso de violência contra a mulher, denuncie
Violência contra a mulher é crime, com pena de prisão prevista em lei. Ao presenciar qualquer episódio de agressão contra mulheres, denuncie. Você pode fazer isso por telefone (ligando 190 ou 180). Também pode procurar uma delegacia, normal ou especializada.
Saiba mais sobre como denunciar aqui.