Polícia de SP conclui investigações e não denuncia Antony por violência doméstica
Ex-namorada do atacante, DJ Gabriela acusa Antony por agressão, ameaça e ofensa. Delegacia da Mulher colheu depoimento de ambos
O atacante Antony ganhou destaque na mídia brasileira e internacional por suspeita de agressão a sua ex-namorada, a DJ Gabriela Cavallin, após mais de um ano. A antiga companheira acusa o jogador do Manchester United de agressões, ameaças e ofensas ainda no Brasil. A Polícia de São Paulo averiguo a denúncia e chegaram a uma conclusão na última segunda-feira (19). Assim, as autoridades não indiciaram o atleta por violência doméstica, segundo informações do "g1".
Na época, a ex-namorada também alegou que Antony também foi autor de agressões no período em que ela esteve na Inglaterra. Exatamente no momento em que o jogador finalizava sua transferência do Ajax para o Manchester United. No entanto, a polícia britânica é a responsável por investigar esta situação. Esta ainda está em andamento. O atleta sempre negou as acusações quando foi questionado.
Na terra natal do casal, a Polícia Civil de São Paulo averiguava o caso e buscava descobrir se o jogador cometeu ameaça, injúria e vias de fato. Além de violência psicológica doméstica. Gabriela indica que o atacante foi o autor desses crimes na capital paulista em 2023. O cenário se enquadrava no contexto da Lei Maria da Penha.
Detalhes da investigação sob Antony
O parecer final a respeito da investigação vai para a análise do Ministério Público e da Justiça brasileira. O ofício conta com a denúncia de Gabriela Cavallin e o interrogatório feito com Antony, além de o depoimento de 19 testemunhas, de ambos os lados.
A DJ informou que, em 1º de junho de 2023, Gabriela estava grávida do jogador, mas separada do atleta. Aliás, ambos se encontraram coincidentemente em uma casa noturna em São Paulo, com ele a agredindo fisicamente, além de ofensas. Por sinal, ela ainda recebeu puxões de cabelo e chacoalhões nos braços. Contudo, não houve marca das contusões no corpo. A DJ ainda afirmou que não procurou assistência médica ou tirou foto dos machucados.
Justiça não identifica provas suficientes
A propósito, Gabriela indica que Antony fez uma ligação para ela naquele mesmo dia. O jogador teria feito ameaças caso ele a visse com um companheiro de profissão. Posteriormente, em 21 de julho, sofreu um aborto espontâneo e perdeu o bebê.
De acordo com informações do "g1", a delegacia argumentou que não identificou provas de que o atleta tenha sido autor de algum crime contra a DJ, em São Paulo. Por isso, não teria como o responsabilizar pelos atos. Mesmo assim, há a possibilidade de a Promotoria ter um discernimento distinto da polícia. Desta forma, optar por denuncia Antony à Justiça por alguns indiciamentos.
Por sinal, a investigação, em São Paulo, até teve acesso ao celular da DJ e levou o objeto para perícia. O aparelho conta com conversas por áudio e vídeo entre o ex-casal, além de fotos e vídeos que eles compartilharam. Em um certo trecho, Antony chega a desejar a morte de Gabriela. A Justiça ainda encomendou um laudo o qual entendeu que a companheira não sofreu dano psicológico. Assim, não seria possível classificá-la como vítima de violência psicológica. Antony e seus advogados sempre ressaltaram a inocência do jogador.
Consequências das acusações para o atacante
Nas duas investigações, Antony responde em liberdade. Caso seja considerado responsável por crimes pela Polícia Civil e receba condenação da Justiça por atos ilegais no Brasil e na Inglaterra, as punições podem variar. Há a chance de ele receber a sentença de prisão entre seis meses a 26 anos. Segundo a lei brasileira, os possíveis gestos irregulares de Antony na Inglaterra somente poderiam passar por investigação pela polícia de São Paulo, caso o atacante voltasse a residir em seu país natal. No Reino Unido, a autoridade local, a Greater Manchester Police (Polícia da Grande Manchester, na tradução para o português) averigua se o atleta cometeu quatro crimes diferentes. A saber: cárcere privado, lesão corporal, perseguição e violência doméstica.
O jogador mora na Inglaterra, pois defende o Manchester United. Inclusive, ele já disponibilizou seu celular para as autoridades locais realizarem perícia. A 5ª Delegacia de Defesa da Mulher e a Polícia de Manchester fazem intercâmbio de informações.
Antony, Gabriela e as testemunhas também tiveram depoimento colhidos pelas autoridades inglesas. Assim, britânicos e brasileiros ainda não indiciaram o atleta pelos crimes que a ex-namorada o acusou. A DJ tornou pública as denúncias em junho do ano passado e registrou um Boletim de Ocorrência naquele mesmo período. Devido ao caso, o Manchester United chegou a afastar o jogador. A comissão técnica da Seleção Brasileira, inclusive, o desconvocou em setembro para jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.
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