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Polícia do Catar prende britânico "por ser gay" após usar Grindr para armar encontro

Manuel Guerrero iria ver pessoa com quem marcou encontro no aplicativo de relacionamento, mas se deparou com policiais que o prenderam

1 mar 2024 - 11h32
(atualizado às 12h13)
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"O Catar pune a homossexualidade e quaisquer questões relativas à diversidade sexual", disse o irmão de Manuel Guerrero
"O Catar pune a homossexualidade e quaisquer questões relativas à diversidade sexual", disse o irmão de Manuel Guerrero
Foto: iStock/Shakeel Sha

A polícia do Catar prendeu um homem britânico e de origem mexicana após ele responder uma mensagem falsa no aplicativo de relacionamento LGBTQIA+ Grindr. De acordo com a família de Manuel Guerrero, de 44 anos, ex-gerente da British Airways, ele foi detido "por ser gay" em uma operação policial.

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Segundo informa o periódico britânico The Sun, Manuel está preso desde 4 de fevereiro, mas seu caso ganhou repercussão recentemente, após seus familiares iniciarem uma campanha para libertá-lo.

"A polícia do Qatar usou um perfil falso do Grindr para entrar em contato com Manuel e convidá-lo para participar de uma reunião com outras pessoas da comunidade LGBT na cidade de Doha", disse Enrique, irmão de Manuel, segundo o The Sun.

De acordo com Enrique, o irmão foi se encontrar com a pessoa com quem pensou ter marcado o encontro, mas encontrou policiais que estavam prontos para prendê-lo. "Durante a detenção, a polícia 'plantou' um quarto de grama de metanfetamina para incriminá-lo pelo crime de posse de drogas e até hoje ele continua preso injustamente", contou.

A família de Manuel informou que, no próximo mês, um tribunal de Doha irá decidir se ele será expulso do país ou julgado. Enrique disse que o homem estaria sendo torturado na prisão, que negou medicamentos antirretrovirais para o HIV de Manuel. Ele também estaria sendo obrigado a assistir outros presos sendo punidos com chibatadas.

"As autoridades também tentaram forçá-lo a identificar em seus contatos telefônicos outros membros da comunidade LGBT. Ele foi ameaçado, isolado, privado de comida e água por causa de sua orientação sexual e condição de saúde", disse a família.

Manuel se mudou para o Catar por motivos de trabalho. No país, a homossexualidade é crime. "O Catar pune a homossexualidade e quaisquer questões relativas à diversidade sexual, é nisso que o Catar acredita. Mas os direitos humanos substituem as suas leis homofóbicas. Orientação sexual e diversidade sexual são direitos humanos, não crimes", disse o irmão à uma TV mexicana.

O governo do Reino Unido está cuidando do caso em parceria com diplomatas mexicanos.

Fonte: Redação Nós
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