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Polícia italiana bane 171 torcedores da Juventus por ofensas racistas a Lukaku, da Inter de Milão

Agressores foram reconhecidos por meio de gravações de vídeo e áudio e serão banidos de eventos esportivos na Itália: tempo de punição não foi revelado

24 abr 2023 - 12h46
(atualizado às 14h00)
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Os 171 já punidos foram reconhecidos por meio da análise de gravações de vídeo e áudio
Os 171 já punidos foram reconhecidos por meio da análise de gravações de vídeo e áudio
Foto: Reprodução/Instagram

Após a conclusão das investigações conduzidas pela Divisão de Investigações Gerais e Operações Especiais (Digo) de Turim, a polícia italiana comunicou nesta segunda-feira, dia 24, que 171 torcedores da Juventus, identificados como autores de ofensas racistas contra o atacante Romelu Lukaku, da Inter de Milão, serão banidos de eventos esportivos no país. A duração da punição, contudo, não foi revelada.

O problema cresce na Europa. Na Espanha, por exemplo, o brasileiro Vinícius Júnior já sofreu mais de oito agressões de injúrias raciais. No Brasil, as autoridades, como a CBF, prometem punir clubes, jogadores e torcedores que se envolverem com casos dessa natureza no Brasileirão.

A sanção foi aplicada por meio da Daspo, medida preventiva para combater a violência no esporte que faz parte da legislação da Itália desde o fim da década de 1980. De acordo com a imprensa italiana, as ofensas foram praticadas por cerca de 250 torcedores, por isso o caso continua aberto e as autoridades seguem trabalhando para identificar o restante dos envolvidos. Os 171 já punidos foram reconhecidos por meio da análise de gravações de vídeo e áudio.

Lukaku foi alvo de cânticos racistas durante o empate por 1 a 1 entre Juventus e Inter de Milão, no primeiro jogo da semifinal da Copa da Itália, no início deste mês. O belga foi o autor do gol de empate da Internazionale, nos minutos finais do jogo, e foi xingado pelos torcedores rivais após ter sua comemoração interpretada como uma provocação. Além disso, ainda acabou expulso por causa da celebração.

O atacante comemorou o gol fazendo um gesto de saudação militar com uma mão e levando a outra, com o dedo em riste, à boca. A arbitragem da partida interpretou o ato como provocativo e puniu o belga com o segundo cartão amarelo, o que gerou sua expulsão. Seguido a isso, formou-se uma grande confusão no gramado, enquanto torcedores juventinos intensificaram os insultos racistas que já eram ouvidos nas arquibancadas antes do gol.

No último sábado, a Federação Italiana de Futebol retirou a suspensão de Lukaku na Copa da Itália. Ao tentar reverter o cartão, a Inter de Milão não teve sucesso no Comitê de Apelação da Federação, o que gerou mais revolta por parte de torcedores do time.

O presidente da entidade, Gabriele Gravina, apresentou indulto para liberar a participação de Lukaku no jogo da volta da semifinal, marcado para quarta-feira. "O princípio da luta contra toda forma de racismo é um elemento fundamental da ordem esportiva", argumentou Gravina, ao fundamentar sua decisão.

Estadão
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