Por que a maçonaria proíbe a participação de mulheres?
Apesar de contar com alguns grupos femininos, ordem ainda veta participação em lojas tradicionais
Com certa frequência a Maçonaria volta aos holofotes, quase sempre com informações ligadas à teorias conspiratórias. Isso acontece, em especial, por conta das práticas ritualísticas da Ordem mantidas em segredo a sete chaves por séculos e de seus célebres e poderosos integrantes, que vão do ex-primeiro ministro inglês Winston Churchill aos os compositores Mozart e Beethoven. Por aqui, o Imperador Dom Pedro I é, provavelmente, o nome mais conhecido.
Não à toa, os participantes conhecidos da Maçonaria são homens. Apesar de ter sido fundada há cerca de 300 anos na Inglaterra, só há 100 anos as mulheres puderam integrar a Ordem, porém de forma segregada, com lojas, como são chamados os locais de encontros para prática dos rituais, específicas apenas para elas.
A Maçonaria estima hoje 6 milhões de integrantes no mundo todo, sendo o Brasil o terceiro país com mais membros, atrás apenas dos EUA e da Ingletarra. Embora não haja uma proíbição expressa da participação de mulheres, alguns documentos da Ordem como a Constituição de 1723, imposta pelo presbítero James Anderson, sinaliza que mulheres, pessoas escravizadas e pessoas com deficiência não devem ser aceitos no grupo.
Como sinalização, grande parte das lojas seguem excluindo as mulheres. Segundo a BBC inglesa, no país existem 200 mil homens maçons e apenas 4,5 mil mulheres.
O nome Maçonaria vem do francês maçon, que quer dizer pedreiro e remete diretamente às origens da organização na Idade Média, onde trabalhadores como pedreiros e artesãos se reuniam em uma espécie de pré-sindicato para socializar. Com os passar dos séculos, muito se discutiu sobre a influência da Maçonaria em espaços políticos institucionais e momentos históricos como a Revolução Francesa e Indepêndencia dos Estados Unidos, onde os três primeiros presidentes eram maçons: George Washington, Thomas Jefferson e Benjamin Franklin.