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Porque a propaganda do TSE para PCD errou sendo capacitista

Tentativa de comunicar com pessoas com deficiência é boa, mas roteiro da campanha erra ao usar estereótipos paternalistas

4 ago 2022 - 14h13
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Imagem da campanha do TSE com foco em pessoas com deficiência e mobilidade reduzida
Imagem da campanha do TSE com foco em pessoas com deficiência e mobilidade reduzida
Foto: Reprodução TSE / Reprodução TSE

A Justiça Eleitoral começou a exibir na última segunda-feira (18) uma campanha voltada a eleitoras e eleitores com deficiência ou com mobilidade reduzida. O objetivo é divulgar que pessoas com dificuldade de locomoção têm até o dia 18 de agosto para solicitar à Justiça Eleitoral para votar em uma seção especial com acessibilidade. 

Protagonizada por Brazil Nunez, servidor da Justiça Eleitoral, a campanha se inicia com a fala: "Obstáculos a gente enfrenta todo dia, mas perto da vontade de votar todos eles ficam pequenos". Já nesta primeira fala há um equívoco: os obstáculos - em especial os físicos, mostrados na propaganda como escadas sem acessibilidade ou catracas - não se tornam menores com a força de vontade, e sim com consciência coletiva sobre acesso e acessibidade. 

Em seguida, Brazil explica como fazer a alteração do local de votação. E finaliza: "E seja gigante nas eleições 2022". Esta frase final é também um problema, afinal, pessoas com deficência ao votar estão apenas exercendo seus direitos. No mais, todo o tom da campanha é de que pessoas com deficiência estão em constante dificultade, reforçando um esteriótipo bastante paternalista. 

A página Vale PCD também levantou essas questões e faz um trabalho muito importante ao informar as pessoas sobre diretos das pessoas com deficência. Confira:

Fonte: Redação Nós
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