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PR: mulher finge pedir pizza para denunciar suspeito de violência doméstica e quebra de medida protetiva

Caso aconteceu em Paranavaí, no noroeste paranaense; Ao Terra, comandante da Guarda Municipal deu mais detalhes sobre a ocorrência

19 jun 2024 - 17h57
(atualizado às 19h36)
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Mulher finge pedir pizza para denunciar suspeito de violência doméstica; veja vídeo:

Um homem suspeito de violência doméstica e violar medida protetiva foi detido após a vítima, sua mulher, fingir que pedia uma pizza enquanto solicitava ajuda. Ao Terra, Iterlei Jasper, comandante da Guarda Municipal de Paranavaí (PR), onde o caso aconteceu, deu mais detalhes sobre o atendimento à ocorrência. 

A ação aconteceu na noite do último domingo, 16, no município do noroeste paranaense. O comandante explica que, na ocasião, o atendimento da Guarda Municipal foi surpreendido com a ligação de uma moradora que, ao telefone, pediu uma pizza. Os envolvidos não tiveram as identidades divulgadas.

Em um primeiro momento, o guarda Sidnei Bevilaqua, que atendeu ao chamado, explicou que se tratava de um número da emergência, mas a vítima insistiu. Sensibilizado, o servidor entendeu que se tratava de um pedido de ajuda para uma possível violência doméstica, disse Jasper. 

Mulher finge pedir pizza para denunciar suspeito de violência doméstica e quebra de medida protetiva em Paranavaí
Mulher finge pedir pizza para denunciar suspeito de violência doméstica e quebra de medida protetiva em Paranavaí
Foto: Divulgação/Guarda Municipal de Paranavaí

"Para confirmar, o guarda orientou à vítima que, se ela estivesse sendo agredida, para que ela pedisse uma pizza 'com muito recheio'. A mulher de fato repetiu que queria 'com muito recheio' e o guarda entendeu, solicitando o apoio da equipe no endereço dela", afirmou o comandante. 

Ainda no deslocamento, o guarda Sidnei percebeu que o telefone da vítima ficou mudo, dando a entender que o agressor pudesse ter tomado seu telefone. Já no endereço, a equipe foi recebida pelo filho da vítima, uma criança de 11 anos, que confirmou as agressões e apontou o local onde a mãe estava. 

"Todos eles foram levados à delegacia para as devidas providências, e lá foi relevado que ela já tinha uma medida protetiva contra ele, então o agressor foi autuado também pela quebra da medida, assim como por violência doméstica", destacou Jasper.

Segundo o comandante, que integra a GM de Paranavaí há oito anos, casos de violência doméstica são atendidos com certa frequência no município, mas a maneira que a vítima encontrou para pedir ajuda é 'inédita' entre a corporação. 

"O que chamou a atenção foi a 'esperteza' da mulher em pedir a pizza, foi muito feliz em pedir para que o agressor não desconfiasse. Também contamos com a sensibilidade e a 'expertise' do guarda em desconfiar que algo estava errado na ligação", disse o comandante. 

Jasper ainda orienta outras vítimas que, por ventura, tenham receio em denunciar os agressores: "Peçam ajuda, não tenham medo ou vergonha. É um direito seu, e ninguém tem o direito de agredir e tratar mal os outros", finalizou o comandante. 

O Terra questionou a Polícia Civil do Paraná sobre a situação do agressor, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestação. 

Em caso de violência contra a mulher, denuncie

Violência contra a mulher é crime, com pena de prisão prevista em lei. Ao presenciar qualquer episódio de agressão contra mulheres, denuncie. Você pode fazer isso por telefone (ligando 190, 180 ou 153). Também pode procurar uma delegacia, normal ou especializada.

Saiba mais sobre como denunciar aqui.

Violência contra a mulher: é possível fazer uma denúncia tardia? Violência contra a mulher: é possível fazer uma denúncia tardia?

Fonte: Redação Terra
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