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Premiê holandês pede perdão por atuação do país na escravidão

Rutte chamou tráfico e exploração de 'crimes contra humanidade'

19 dez 2022 - 13h28
(atualizado às 15h15)
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Rutte pediu perdão pelos 250 anos em que os Países Baixos atuaram no tráfico e exploração de escravos
Rutte pediu perdão pelos 250 anos em que os Países Baixos atuaram no tráfico e exploração de escravos
Foto: EPA / Ansa - Brasil

O primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, pediu formalmente "perdão" nesta segunda-feira (19) pela participação do país em cerca de 250 anos de escravidão em suas antigas colônias, definindo o tráfico e a exploração de pessoas como "crimes contra a humanidade".

"Hoje, em nome do governo holandês, peço desculpas pelas ações do passado do Estado. A título póstumo, peço desculpas a todos os escravos do mundo que sofreram por esse ato. Peço também aos seus filhos, aos filhos de seus filhos e a todos os descendentes", afirmou em pronunciamento.

O discurso ocorreu durante a visita de vários ministros atuais nas sete ex-colônias do país que receberam pessoas escravizadas, algumas ainda parte do território holandês: Bonaire, St. Maarten, Aruba, Curaçao, Saba, St. Eustatius e Suriname.

O pedido de desculpas veio após semanas de discussão nos Países Baixos, com diversas ONGs cobrando que a fala fosse realizada em 1º de julho de 2023, quando a festa surinamesa do "Keti Koti" (Correntes quebradas, em tradução livre), que celebra o fim da escravidão no país, completará 160 anos.

Além disso, no ano passado, um relatório do próprio governo exigiu que o atual Executivo reconhecesse o quanto o país se beneficiou do tráfico e da exploração de escravos durante o chamado "século de ouro holandês", entre os séculos 16 e 17, e pedisse perdão pelos crimes.

A fala de Rutte veio após diversas das maiores cidades do país, como Amsterdã, Roterdã e Haia, também pedirem perdão pelos crimes. Segundo dados locais, mais de 600 mil africanos foram escravizados sob comando dos holandeses e enviados para a América do Sul e para as ilhas do Caribe. .

Ansa - Brasil   
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