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Presidente da CBF vai propor perda de pontos para clubes que registrarem casos de racismo

Proposta será apresentada por Ednaldo Rodrigues nesta quarta-feira, em evento na sede da entidade, no Rio; norma passaria a valer apenas a partir de 2023 para as quatro divisões nacionais

23 ago 2022 - 15h09
(atualizado às 16h08)
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Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, vai propor punição com perda de pontos para clubes que registrarem casos de racismo
Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, vai propor punição com perda de pontos para clubes que registrarem casos de racismo
Foto: Divulgação/CBF / Estadão

A CBF irá propor aos clubes das quatro divisões nacionais que casos de racismo sejam punidos com a perda de pontos a partir do próximo ano. A proposta será apresentada nesta quarta-feira, durante o Seminário de Combate ao Racismo e à Violência no Futebol, que acontecerá na sede da entidade, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

A proposta será apresentada pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, em um de seus discursos no evento - ele irá falar na abertura e no encerramento do seminário. Para a medida passar a valer, contudo, será necessária a aprovação dos clubes nos congressos técnicos que antecedem as competições.

Os congressos técnicos são realizados semanas antes do início do Brasileirão com representantes de todos os clubes que integram cada uma das divisões. São através deles, por exemplo, que os clubes aprovam ou não o uso do VAR no certame ou a permissão para mandar jogos em outras praças que não sejam seus próprios estádios. Se houver a aprovação da maioria, a determinação é incluída no Regulamento Específico da competição.

"Eu defendo que as punições têm de ser desportivas. As multas, muitas vezes, são derrubadas ou diminuídas", disse Ednaldo Rodrigues em entrevista à TV Globo. "Administrativamente, no dia seguinte que qualquer ação dessas acontecesse, a CBF ou qualquer outra entidade que administra o futebol poderia tirar os pontos do clube."

O Seminário de Combate ao Racismo e à Violência no Futebol contará com a presença do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, de representantes da Fifa, do Observatório da Discriminação Racial do Futebol e do Coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQs, entre outros. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), também deverá estar presente.

Estadão
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