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Preso por estupro de turista, homem já foi acusado por ex de violência psicológica e cárcere privado

Lucas José Dib foi detido na quinta-feira, 18, no Rio de Janeiro

19 abr 2024 - 17h14
(atualizado às 18h34)
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Resumo
O homem que foi preso no Rio de Janeiro suspeito de estuprar e manter em cárcere privado uma turista de São Paulo é investigado por crimes contra outra mulher em Minas Gerais.
Lucas José Dib
Lucas José Dib
Foto: Reprodução/TV Globo

Lucas José Dib, de 35 anos, preso no Rio de Janeiro suspeito de estuprar e manter em cárcere privado uma turista de São Paulo, é investigado por outros crimes contra uma ex-companheira em Minas Gerais. A informação foi confirmada pela Polícia Civil do Estado (PCMG) ao Terra.

Segundo a corporação, a denúncia foi feita em 2022. Um inquérito foi instaurado, e há uma investigação contra o suspeito em andamento, apurando a prática dos crimes de violência psicológica/dano emocional e cárcere privado.

Na data da denúncia, de acordo com a PCMG, também foi feito o requerimento de medida protetiva em favor da vítima. 

Conforme o boletim de ocorrência do caso, obtido pelo g1, o crime teria ocorrido no dia 13 de outubro de 2020, em Belo Horizonte (MG). Na ocasião, a mulher informou à polícia que teve uma discussão com Lucas motivada por ciúmes e que queria terminar o relacionamento com ele. 

Após a briga, o suspeito trancou o apartamento e impediu que ela fosse embora. A mulher ficou presa dentro do local durante toda a madrugada e foi proibida de usar o celular. 

"Ele colocava a culpa em mim, depois pediu desculpas e disse que não queria se separar, pedia para eu ficar. O dia amanheceu, ele não foi trabalhar, fiquei trancada com ele no apartamento. Não fui trabalhar também", disse a mulher, conforme o registro policial.

Ela contou que ele só a liberou depois que a mãe dela tentou contato pela manhã e, como não foi atendida, resolveu ligar para o trabalho da filha. 

"O pessoal do meu serviço também tentou contato comigo. Na época, eu estava grávida de três meses. Eles ficaram preocupados e ligaram para o banco onde o Lucas trabalhava. Lá ficaram sabendo que Lucas também havia faltado no serviço", disse.

A mulher conseguiu deixar a casa e, após duas semanas, reatou o relacionamento. Em dezembro de 2021, no entanto, ela conta que voltou a ser ameaçada por Lucas. "Ele falou que não adiantaria eu entrar na Justiça para regulamentar a guarda do nosso filho e pensão, [porque] ele conhece muita gente e iria me atropelar na Justiça", contou.

Preso no Rio de Janeiro

Lucas, que é ex-chefe de gabinete de um banco mineiro, foi preso na quinta-feira, 18, no Rio de Janeiro suspeito pelos crimes de estupro e cárcere privado contra uma jovem de São Paulo, que passava as férias na capital fluminense. 

Na denúncia, a mulher alegou ter sido proibida de sair da casa do suspeito, na zona sul da cidade, por mais de um dia e contou que foi violentada sexualmente. 

De acordo com as investigações da Polícia Civil do Estado (PCERJ), a vítima conheceu Lucas por meio de um aplicativo de relacionamento, no início de abril. Eles marcaram de se encontrar em um bar e depois foram para a casa dele.

"Segundo relatos, o suspeito teria modificado o comportamento e exposto um lado sádico, submetendo-a a crueldades sexuais, sem consentimento. Ela teria sido obrigada a ingerir drogas, além de ser violentada fisicamente e psicologicamente", informou a PCERJ.

A apuração aponta que a vítima só conseguiu fugir da residência após a chegada de um amigo, que a encontrou pela localização do celular que ela tinha compartilhado antes do encontro. Os dois fugiram do local, e a mulher foi até a um hospital particular, onde foi atendida. 

Na casa de Lucas, a polícia apreendeu objetos sexuais e um aparelho de DJ, que, conforme depoimentos, era usado para tocar música alta e impedir que os pedidos de socorro da vítima fossem ouvidos.

O Terra busca contato com a defesa de Lucas. O espaço continua aberto para manifestações.

Em caso de violência contra a mulher, denuncie

Violência contra a mulher é crime, com pena de prisão prevista em lei. Ao presenciar qualquer episódio de agressão contra mulheres, denuncie. Você pode fazer isso por telefone (ligando 190 ou 180). Também pode procurar uma delegacia, normal ou especializada.

Saiba mais sobre como denunciar aqui.

Fonte: Redação Terra
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